As vidas de Aya Takahashi e Asuka Nakamura não eram, nem de perto, parecidas. Enquanto Aya lutava para sobreviver aos traumas do passado que insistiam em ainda atormenta-la, Asuka buscava, a todo custo, esconder quem ela era de verdade, em uma tenta...
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Revirei os olhos, despejando as pílulas em minha mão e as engolindo com rapidez sem ajuda do copo d'água entre os dedos do albino em minha frente. Kokonoi também revirou os olhos e depositou o copo na cômoda perto da cama. Por algum motivo que não me interessei o suficiente para perguntar, ele é o único que estava ao meu lado desde que acordei depois de levar um tiro. Não sei como Rindou ainda não apareceu para surtar comigo por ter escondido tudo aquilo dele. Bom, pelo menos eu preferia Koko do que Ran e seus olhares repreendedores.
Encostei minhas costas no meu travesseiro que se encontrava agora pressionado contra a cabeceira da cama, lançando um olhar para a janela mais próxima e soltando um suspiro. Eu estava com um pouco de saco cheio de estar ali.
Eu já desconfiava um pouco mas ontem tive a certeza que sim, Yuna estava envolvida em toda aquela merda do sequestro de Asuka. Provavelmente deve ter chegado aos seus ouvidos que voltei para a vida na escuridão e presumiu que eu buscaria vingança. Bom, pelo menos agora sei que ela não deixou de ser uma cadela inteligente.
─ Rindou tá puto com você, tem sorte de ainda tá viva.─ Revirei os olhos mais uma vez e ergui uma mão, esfregando minha bochecha.
─ Rindou sempre tá puto comigo e eu sempre ignoro ele.─ Meu murmúrio apenas fez com que Koko cruzasse os braços, erguendo uma sobrancelha deixando claro o quão de saco cheio estava com toda aquela situação, mas infelizmente não posso fazer nada por ele.
O de cabelos brancos balançou a cabeça e saiu sem dizer mais nada, na verdade ele pareceu jogar algo no sofá posicionado próximo da porta antes de ir. Suspirei, me levantando lentamente da cama e seguindo até o móvel, me jogando nas almofadas macias, minhas mãos não demoraram muito para agarrarem o telefone, revelando uma mensagem que claramente não havia sido Koko quem a escreveu.
Sorri.
─ Cadela esperta.
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Andei pelos corredores, puxando o capuz do meu casaco para cobrir meu rosto, mesmo sabendo que aquilo tudo não seria eficaz se eu me encontrasse com os malditos Haitani. Eu esperava que Kokonoi tivesse limpado meu caminho depois de largar aquela mensagem em meu rosto. Meus passos eram rápidos, eu precisava sair dali.
