As vidas de Aya Takahashi e Asuka Nakamura não eram, nem de perto, parecidas. Enquanto Aya lutava para sobreviver aos traumas do passado que insistiam em ainda atormenta-la, Asuka buscava, a todo custo, esconder quem ela era de verdade, em uma tenta...
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Semanas se passaram desde a última vez que vi Asuka. E por mais tudo parecesse muito afundado na merda, bem na merda, eu estava me esforçando para continuar focada em cumprir o necessário para que pudesse finalmente ficar ao lado de Asuka e Violeta. Suspirei, lançando um olhar para a janela, fitando os céus cinzentos que se pareciam tanto com os de Londres. Se tudo desse certo, em breve, eu estaria chegando...
─ Está pronta?─ Questionou Takeomi, fitei as luvas em suas mãos, eram iguais às minhas. Balancei a cabeça e com rapidez, prendi meu cabelo em um rabo-de-cavalo, aquilo iria facilitar.
─ É sua última vez, tenta fazer com que seja legendário.─ Soltei uma risada, abaixando levemente minha cabeça e meus olhos fitou a arma em minhas mãos. Estalei a língua no céu da boca e pisquei.
─ Pode deixar.─ Murmurei, sorrindo e escondendo meu nervosismo por estar prestes a... Não, eu não posso pensar nisso agora.
Então, a vã finalmente parou. Troquei um olhar com Takeomi e não demorou para que ele estivesse checando a hora com seu relógio de pulso, abrindo um sorriso malicioso quando me fitou novamente. Sabia muito bem o que aquilo significava...
A hora chegou.
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Agradeci mentalmente que a chuva só tenha começado a cair quando Takeomi já tinha tomado seu rumo para dentro do prédio espelhado enquanto me deixava esgueirar pelos cantos, em busca de uma entrada de emergência. Meus dedos estavam prontos para apertar o gatilho a qualquer momento, mesmo eu praticamente estando com minhas costas coladas a parede cheia de musgo. Não demoraria muito para que tudo começasse e barulhos de tiros estivessem pra todos os lados, assim como o cheio de sangue e morte....
Até onde eu sabia, fazia um pouco mais de um ano que Hanma estava observando e criando uma forma de tomar todo o império de Yuna, que agora é de Ran e sei lá de mais quem, mas que em breve não será mais. Respirei fundo mais uma vez. E, os gritos começaram a soar, tiros estavam sendo trocados dentro do prédio. Ah, ótimo, não demoraria muito para que....
A porta de emergência ao meu lado se abriu com violência, uma mulher tropeçou para fora, desabando no chão. Eu a reconheci. Um sorriso cruel se abriu em meu rosto conforme erguia a arma na direção de sua cabeça, apenas esperando que ela notasse minha presença ali, o que não demorou muito para acontecer.
