☪ . ☆ FIFTY FIVE ☆ . ☪

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Era até uma praia bonita

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Era até uma praia bonita. Retirei meus sapatos, lançando um olhar para Ran que se manteve no carro, me mostrando um sorriso doce que continha a mensagem para que eu continuasse calma. Certo, novamente estávamos fazendo algo sem a presença de Rindou, ele com certeza me mataria quando soubesse daquilo mas... Soltei um suspiro, começando a andar pela longa extensão de areia, sentindo os grãos grudarem em meus pés descalços.

No início daquela manhã quando resolvi parar de rolar pelos lençóis e adiar meu provável encontro com Ran, descobri que Asuka simplesmente havia sumido. Pelo que escutei do babaca do Kazume, ela não falava nada desde que saiu daquela merda de cativeiro mas claro que ninguém se viu na obrigação de me dizer nada sobre aquilo. Sim, fiquei puta e um pouco próxima demais de meter a porrada em Rindou, mas me segurei.

Violeta não gostaria de me ver fazendo o pai dela cuspir os próprios dentes, então...

Suspirei, abraçando minha própria cintura conforme me aproximava da figura feminina encolhida bem próxima do mar.

─ Eu pensei que ficar sumindo do nada era meu trabalho.─ Observei a forma que ela sobressaltou no próprio lugar antes de virar a cabeça, me encarando por instantes. Suspirei, percebendo que ela não ia me responder.─ Eu estava quebrada e me cortando com os pedaços que restou de mim, mas você ainda estava lá por mim.

Abri um sorriso para ela, me sentando ao seu lado e abraçando um de seus braços com um sorriso suave no rosto.

─ E apesar de tudo, eu vou estar ao seu lado, Asuka.

A minha melhor amiga e irmã me fitou com os olhos marejados. Seus lábios tremeram, ela me parecia bem perto de falar algo quando simplesmente  soluçou, se jogando nos meus braços. Não recusei seu enlace e acariciei seus cabelos com carinho, dando o apoio que ela merecia.


Afundei uma colher no potinho em uma das minhas mãos e guiei a colher para minha boca, experimentando o gosto de frutas vermelhas enquanto caminhava pela praia ao lado de Asuka que se mantinha silenciosa, também com seu próprio sorvete

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Afundei uma colher no potinho em uma das minhas mãos e guiei a colher para minha boca, experimentando o gosto de frutas vermelhas enquanto caminhava pela praia ao lado de Asuka que se mantinha silenciosa, também com seu próprio sorvete. O clima estava bom, apesar que eu estava bem perto de surtar com o sol queimando meus ombros de forma lenta e dolorosa. Não sei a situação de Asuka mas ela me parecia leve, ingerindo seu sorvete da forma mais lenta que conseguia com seus olhos presos nas ondas do mar e em seus próprios pensamentos.

Não sei como mas Ran já havia desaparecido, com certeza entendeu a confusão de tudo e retornou para a mansão ou encontrou alguma merda para resolver. Pisquei meus olhos, suspirando levemente e passando uma palma por minha testa suada.

Calor do caralho...

Lancei um olhar para Asuka e eu não achei Asuka. Mas que porra...

─ Asuka?─ Perguntei em um grito, me virando apenas para ser derrubada na areia. Soltei um grito cheio de raiva quando senti os grãos adentrarem nos meus olhos conforme aquele ser humano filho da puta do caralho esfregava minha cara na areia com tanta força que facilmente acreditei que feridas estavam sendo abertas ali.

Não sei como mas consegui me livrar do aperto, dando um soco cego que acertou o rosto de alguém que soltou um xingamento que nem me importei em escutar, estava ocupada demais tentando enxergar. Soltei um grunhido e estava muito perto de arrancar meus próprios olhos quando escutei um grito que vinha de uma voz que eu conhecia muito bem.

Asuka...

Me virei, me esforçando para enxergar quando senti mãos em meus ombros, meu punho se chocou contra uma face e não parou de socar até que sangue estivesse escorregando por todos os meus dedos e sujando minha blusa. Nossa, aquele arrombado iria se foder! E muito!

─ Asuka!─ Gritei, me levantando e tropeçando na areia por conta dos grãos que continuavam em meus olhos. Ouvi mais um grito e corri na sua direção, mas antes que pudesse dar mais um passo, um corpo se jogou contra o meu.

Cai na areia novamente mas não hesitei em socar a pessoa que estava encima de mim, tentando segurar meus braços. Rosnei, e então, acertei um soco no rosto do babaca com tanta força que ele caiu na areia, porém o desgraçado conseguiu agarrar meus braços e algo cortou minha pele, mas não me importei nem mesmo quando sangue escorreu por minha blusa.

Agarrei os cabelos do idiota e fitei seu rosto, mesmo que com um pouco de dificuldade e surpresa manchou meus pensamentos quando percebi que aquele porra do caralho era a porra do irmão da Asuka. Akira, ele estava ali quando lhe dei a porra de uma quantia em dinheiro só para aquele babaca fosse embora daquele merda de país.

Abri minha boca, pronta para xingá-lo quando alguém agarrou meus cabelos e ouvi mais um grito de Asuka, eu não entendia o que ela estava falando. O aperto em torno de meus cabelos se intensificou mas me recusei a gritar, estava focada demais em meter meu pé no meio do rosto de Akira, ouvindo algo que se parecia ser com um nariz quebrando. Escutei o irmão de Asuka gritar de dor, tentando cobrir o nariz quebrado com as mãos. Meus cabelos foram puxados mais uma vez e me jogaram na areia novamente.

Não tive nenhum tempo de reagir antes que um chute atingisse meu queixo fazendo com que eu mordesse minha língua para a porra da minha sorte. E não pude nem ao menos gritar quando um soco atingiu minha bochecha e meus cabelos foram segurados novamente, socos foram distribuídos por todo meu rosto. Não demorou muito para que sangue começasse a escorrer por meu rosto, quebrando meu nariz.

Engasguei com meu próprio sangue, assim que o punho daquele merda atingiu meu estômago e me curvei. Eu não estava conseguindo respirar direito, estava doendo... Tudo estava doendo...
Meu rosto, minha cabeça e...

Asuka, eu precisava chegar em Asuka. Eu precisava levá-la até Rindou em segurando.

Movi meu rosto, tentando fitar meu redor e me focando em todos os sons ao meu redor. Eu precisava achar Asuka, eu...

Então, a inconsciência me engoliu por inteira.

Então, a inconsciência me engoliu por inteira

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Sinners • Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora