As vidas de Aya Takahashi e Asuka Nakamura não eram, nem de perto, parecidas. Enquanto Aya lutava para sobreviver aos traumas do passado que insistiam em ainda atormenta-la, Asuka buscava, a todo custo, esconder quem ela era de verdade, em uma tenta...
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Eu ainda não tinha me acalmado. Raiva continuava fazendo meu sangue ferver até mesmo quando enfiei minha cabeça embaixo de um chuveiro e retirei todo o condicionador com rapidez. Não deveria deixar aquele imbecil me deixar daquele jeito, mas, aquele babaca achava que tinha o direito de opinar em minhas escolhas. Dez anos, ele passou me entregando presentes como se eles fossem suprir qualquer que seja a falta que eu sentia dele. Dez anos que praticamente ignorou minha existência. E são quase três meses que esse desgraçado apareceu na minha vida novamente.
Se ele achava que tinha algum direito sobre alguma merda, ele que fosse se foder.
Não demorei muito para deslizar o tecido jeans das calças por minhas pernas e vestir uma blusa branca. Bom, se o plano é destruir Yuna, então vamos fazer isso de forma lenta e dolorosa. Uma vez, ela me chamou de fraca. Uma vez, ela me fodeu completamente e agora vou devolver isso com o dobro, claro...
Com passos lentos, me aproximei da porta e... Torci o nariz, irritadiça.
─ Vou socar você, Haitani.─ Falei, fitando o homem que possuía os cabelos coloridos bagunçados. Ele ficou parado ali. Pisquei os olhos, não demorou muito para empurrá-lo e começar a andar pelo corredor.
Ran não demorou muito para me seguir e agarrar meu braço. Ergui o punho, bem perto de realmente socá-lo quando ele trincou o maxilar antes que eu pudesse sentir uma de suas pernas puxar a minha, não pensei muito antes de agarrar seus cabelos puxando-os conforme caía no chão.
─ Qual é a porra do seu problema?─ Gritei, tentando chutá-lo para longe de mim. Aquele desgraçado não me largava.
─ Você, porra!─ Gritou em resposta. Abri minha boca pronta para xingá-lo mais uma vez quando ele cobriu minha boca com uma das mãos. Eu o fitei com raiva, movendo o rosto para mordê-lo mas ele me segurou com firmeza.─ Você quer foder com tudo, tudo bem, caralho! Mas você não vai fazer essa merda sozinha!
Pisquei os olhos e me segurei muito para não revirar os olhos quando ele me soltou, sentando-se em minha frente.
─ Então, qual é a porra do plano.─ Disse, gesticulando com uma mão.
O olhei com desconfiança antes de revirar os olhos mais uma vez e me sentar no chão, ajeitando minha blusa que ficou amarrotada depois daquela palhaçada. E, claro que não demorou para que eu colocasse meu plano para fora.
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