☪ . ☆ SIXTY FIVE ☆ . ☪

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Suspirei, afastando o cigarro dos meus lábios e mantendo meus olhos fixos na janela, observando os prédios que se erguiam debaixo do céu cinzento e chuvoso já característico daquela cidade. Guiei uma mão até os cabelos que agora ultrapassavam os ombros em uma tonalidade forte de vermelho, o cigarro estava preso entre meus lábios quando me levantei, me aproximando de um enorme espelho posto em um canto do quarto. Ali, pude ver o quanto mudei em apenas dois meses após minha quase morte.

As cicatrizes das queimaduras. As cicatrizes em meu rosto. Eu estava mais do que fodida, mas incrivelmente não me importava com isso. Era normal estar toda fodida quando se tratava do meu mais novo trabalho. Apaguei o cigarro, esfregando-o contra minha própria coxa, criando ali mais uma cicatriz. A dor não me incomodou, na verdade ela parou de incomodar quando me acostumei com ela.

Com rapidez, vesti calças ao lado de um suéter vermelho como meus cabelos e um sobretudo escuro que usei para esconder o volume causado por conta das facas e das armas que eu aprendi a sempre carregar desde que notei que todos poderiam me trair sem pensar duas vezes. Não demorou muito para que eu estivesse andando pelas ruas, um guarda-chuva acima de minha cabeça e cobrindo parcialmente meu rosto, impedindo que fosse facilmente reconhecida.

Senti uma vibração no bolso de minha calça, logo estava encarando a tela do meu celular e abrindo um sorriso ao notar que era uma mensagem de Hanma. Ótimo, meu dia não seria entediante.







 Ótimo, meu dia não seria entediante

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Suspirei, piscando os olhos com um sorriso adornando meu rosto enquanto eu guiava um copo de Whiskey para meus lábios. Estalei a língua no céu da boca, torcendo o nariz para a bebida barata que descer rasgando. Como caralhos alguém conseguia beber algo daquele tipo?

Revirei os olhos mais uma vez, me inclinando por cima do balcão e esticando uma palma, agarrando a faca de cozinha fincada na madeira. Me virei para fitar o homem que gemia no chão, agonizando lentamente com o caco de vidro afundado em sua coxa, sangue jorrava do corte e molhava todo o piso sujo.

─ Pensei que você já tinha superado essa merda.─ Murmurei, retirando uma das armas presas no meu quadril e a balançando levemente na direção do homem que gemia, mordendo os lábios para reprimir seus gritos de dor. Torci o nariz para seu rosto contorcido por conta de uma grave queimadura que havia arruinado sua carne até o osso, aquilo era uma visão infernal do caralho. ─ Tipo, eu te dei dinheiro pra sumir mas você voltou que nem a porra do merdinha que você é. Te dei uma chance de fugir, mas você voltou de novo. Porra, Akira, o que eu vou fazer com você agora? Matar? Ou torturar um pouco pra ver se entende o que quero dizer?

Ele me fitou com os olhos arregalados. Ignorei o terror instalado em suas orbes quando apontei a arma para seu rosto, piscando os olhos, abrindo um sorriso que com certeza não se parecia nada agradável na visão do imbecil.

Nesses dois meses, aquele merdinha tinha se envolvido em todos os negócios do Hanma e tentado me foder de todas as formas possíveis, só para encontrar a Asuka. Tá legal, posso ter dado as costas para Asuka mas isso não quer dizer que eu iria deixar um babaca daqueles tocar na minha irmã, na única pessoa que posso confiar, mesmo com todos os pesares.

─ Ainda não acredito que você ainda teve a porra da coragem de ir atrás dela depois de tudo.─ Estalei a língua no céu da boca mais uma vez.─ Parece que é assim que tudo acaba, Akira.

E um disparo soou. O corpo do homem caiu no chão, imóvel e sangrando ainda mais. Ele não se movia e jamais iria se mover.

Suspirei, levantando meu olhar para o céu. Bom, Asuka, pelo menos você pode ter um pouco mais de paz agora.







 Bom, Asuka, pelo menos você pode ter um pouco mais de paz agora

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Hanma estava me esperando no grandioso apartamento que comprei, assim que coloquei os pés naquela cidade chuvosa. Ele estava sentado em uma poltrona próxima a janela, a mesma que eu estava sentada antes de sair do apartamento no início daquele dia. Seus cabelos negros agora possuía uma única mecha loira que lhe dava certo charme, assim como a camisa branca e a calça moletom que ele vestia.

─ Já terminou o serviço?─ Perguntou ele, mantendo sua atenção nas janelas e um cigarro estava entre seus dedos.

Balancei a cabeça em concordância, tendo consciência que ele não estava me olhando enquanto retirava meu sobretudo e meus sapatos. Em silêncio, eu estava feliz por não ter me sujado de sangue. Ouvi a risada de Hanma mas eu não o olhei, focada em retirar minhas calças.

─ Takeomi vai ficar feliz em saber disso. Ele já estava ficando de saco cheio de lidar com o bastardo do Akira.

Também ri, passando uma mão por meus cabelos e lançando um olhar na direção do homem que já se aproximava em passos lentos. Pisquei os olhos e sorri para Hanma quando o mesmo segurou meu queixo, mantendo nossos olhares conectados enquanto seus lábios se colocava nos meus com calmaria.

Não demorei muito para abraçar seu pescoço, aprofundando o beijo e colando nossos corpos. Soltei uma risada quando senti suas mãos tentarem retirar minha blusa.

─ Estava com saudades?─ Sussurei contra seus lábios, os olhos dourados do homem cintilaram e uma risada escapou da boca de Hanma que guiou as mãos para minhas coxas desnudas.

─ E se eu disser que sim, o que você vai fazer, docinho?

Pisquei os olhos e soltei mais uma risada, voltando a beijar Hanma que não demorou muito para começar escorregar suas palmas por todo meu corpo deixando claro que o tempo que passamos longe um do outro o afetou ao ponto de estar apertando minha pele, afim de deixar marcas que ficariam ali o suficiente para que eu nunca sequer pensasse em outra coisa além dele.

Apesar de tudo, era estranho como eu sempre acabava atraindo caras possessivos e nem um pouco estável mentalmente. É, no fim, eu compartilhava aquele gosto horrível pra homem com Asuka e aquilo me divertia.

 É, no fim, eu compartilhava aquele gosto horrível pra homem com Asuka e aquilo me divertia

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Sinners • Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora