As vidas de Aya Takahashi e Asuka Nakamura não eram, nem de perto, parecidas. Enquanto Aya lutava para sobreviver aos traumas do passado que insistiam em ainda atormenta-la, Asuka buscava, a todo custo, esconder quem ela era de verdade, em uma tenta...
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Descartei uma carteira de cigarro no lixo mais próximo conforme caminhava pelas ruas do Japão, minhas botas de couro vermelho se destacavam contra o asfalto cinzento e atraiam atenção da mesma forma que meus cabelos faziam. Sorri para as pequenas crianças que cruzaram, escondendo minhas mãos nos bolsos do meu casado escuro. Era bom estar de volta após tantos meses longe. Nunca pensei que matar imbecis fosse tão cansativo, mas pelo menos distraía minha mente caótica por tempo suficiente.
Lentamente atravessei a rua, sem olhar para os dois lados e ignorando as buzinas dos carros. Meu sorriso apenas aumentou quando me dei conta que estava em casa novamente após quase dois meses longe em busca de resolver todas as merdas que rondava os Aengels. Adentrei no fliperama que estava completamente reformado e pude notar Takeomi concentrado em vencer algum jogo na companhia de Reiner. Eu soltei uma risada com a cena e comecei a andar na direção do meu quarto.
Finalmente.... Não demorei muito a me jogar na minha cama, retirando meus sapatos com chutes e jogando todas as armas que eu carregava pelo piso. Eu só precisava de um pequeno descanso.
Pesquei meu celular no bolso da minha saia e franzi o cenho levemente no momento que notei a data do dia.
Ah, parece que meu descanso não vai durar muito, preciso comprar um presente....
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─ Então, você voltou.─ Essas foram as primeiras palavras que Asuka escutou vindo de mim desde que lhe dei as costas naquela noite que esteve marcada em minha cabeça por tempo demais. A mulher me fitou, sua boca aberta em um grito mudo de surpresa. Sua mão ainda estava por cima do interruptor e ela continuava me observar, sentada na bancada da cozinha do pequeno apartamento alugado por tempo suficiente até que o velório do imbecil do Akira estivesse pronto.
Quando lágrimas começaram a brotar em seus olhos, estalei a língua no céu da boca e balancei os ombros, erguendo uma mão que segurava um embrulho que estampava flores roxas, violetas. Asuka pareceu encarar o que eu segurava e engasgar.
