☪ . ☆ THIRTY FIVE ☆ . ☪

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Minha cabeça doía para um caralho

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Minha cabeça doía para um caralho. Doía tanto que eu mal conseguia piscar meus olhos sem querer desejar que minha cabeça estourasse logo. Soltei um gemido arrastado, escorregando pelos lençóis até o chão e pressionei minha testa contra o piso de madeira.

Latejando. Latejando. Latejando.

Minha cabeça não para de latejar, enviando dor para toda minha cabeça. Porra, nunca mais vou beber daquele jeito! Me arrastei pelo chão até alcançar a porta, abrindo-a com um pouco de lentidão demais. Caralho, que porra eu tomei ontem? Eu mal raciocinar com aquela porra de ressaca desgraçada.

Consegui passar pela porta e me levantei com um pouco de rapidez demais. Minha cabeça girou e antes mesmo que eu pudesse raciocinar, minha cabeça estava enfiada dentro da privada.

Vomitei tanto que acreditei que boa parte das minhas tripas estavam dentro da privada quando me sentei no chão gelado, encostando minhas costas na pareda mais próxima, mergulhando as mãos nos meus cabelos e os puxando com leveza. Pisquei meus olhos, tentei escutar algum barulho na casa. Esperava que nem Asuka e nem Violeta estivessem por aqui para me ver naquele estado muito mais do que deplorável.

Suspirei. Tudo bem, eu precisava de um remédio para dar um fim daquela dor de cabeça infernal! Me levantei, usando as paredes como apoio e praticamente me arrastei para o quarto, onde sabia que ia ter remédios para dor de cabeça escondidos na cômoda ao lado da cama.

Não demorei para engolir uns quatro comprimidos com o auxílio da água, pronta para me jogar novamente na cama quando ouvi o telefone fixo da sala tocar, não só uma vez mas inúmeras vezes. Pisquei meus olhos e encarei a janela, me dando conta que parecia ser o fim da tarde...

Não demorei muito para praticamente correr até a sala, tropeçando e quase caindo no chão por inúmeras vezes. Tossi antes de atender o telefone.

─ Olá, Junko Miya falando.

─ Oh, Doutora Miya, ainda bem...─ Reconheci a voz sendo de uma das enfermeiras que estavam me ajudando a monitorar o caso do Manjiro Sano que continuava praticamente apagado por conta das fortes doses de morfina que estávamos aplicando nele. Ele apagado seria bom, lhe daria um pouco mais de tempo para se recuperar dos ferimentos e também daria um pouco mais de tempo para que os imbecis da Bonten determinasse uma forma de tirar o líder deles do hospital.

─ Olá, Touka, aconteceu alguma coisa?─ Perguntei, franzindo levemente o cenho. A mulher do outro lado soltou um suspiro e ficou em silêncio, mas só por poucos segundos, pois ela retornou a falar em um tom ainda mais baixo.

─ É sobre o caso Manjiro. A Senhora pediu para que eu avisasse de tivesse alguma mudança. E aconteceu...

─ Ele está instável?─ Perguntei, assim que encontrei Touka na frente do hospital com meu jaleco nas mãos, adentrei rapidamente e comecei andar pelos corredores, agradecendo por ter sido capaz de encontrar roupas escuras no armário de Asuka

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─ Ele está instável?─ Perguntei, assim que encontrei Touka na frente do hospital com meu jaleco nas mãos, adentrei rapidamente e comecei andar pelos corredores, agradecendo por ter sido capaz de encontrar roupas escuras no armário de Asuka. A enfermeira correu para me alcançar e andar ao meu lado.

─ Desde o início da noite passada, ele altera. Às vezes está instável e estável.─ Ela disse.─ Estávamos conseguindo fazê-lo ficar mais estável mas não sei o que ocorreu, mas as coisas pioraram.

─ Pioraram? Quando?

─ No começo da tarde e ouvi pelos corredores que também houve alterações no paciente Takemichi Hanagaki.─ Pisquei os olhos, franzindo o cenho, confusa.

Os dois pioraram nas mesmas horas? O que caralhos estava acontecendo por aqui? Ou melhor, o que estava acontecendo com aqueles dois...

A primeira coisa que fiz ao entrar no quarto de Manjiro foi procurar qualquer coisa que pudesse indicar que alguém esteve ali quando ninguém estava prestando atenção. Manjiro era alguém perigoso e que muitos queriam matar. Eu conhecia inúmeros médicos e enfermeiros que facilmente poderiam ser subornidados para colocarem algo que não devia no soro dele.

Que merda...

Observei atentamente o chão e me ajoelhei, capturando uma pequena pílula colorida que estava perto da cama do Sano. Rapidamente, aproximei o objeto de meu rosto e o analisei melhor. Certo, não tenho dúvidas... Aquilo é uma droga.

Agora, a questão é quem colocou aquela merda ali...

─ Touka, eu quero saber quem entrou nesse quarto nas últimas vinte-e-quatro horas. Quero nomes e a hora exata que entraram aqui.─ Falei para a Touka que não demorou muito para sair dali. Suspirei, me aproximando de Manjiro, pegando uma pequena lanterna escondida em um dos bolsos do meu jaleco e abrindo um dos olhos do homem, tive minha certeza. Claramente ele estava drogado, mas a que fim?

Certo. Peguei uma seringa, enfiando a agulha no lugar que eu julgava ser uma das veias do homem e coletei um pouco de seu sangue. Precisava descobrir qual dorga que usaram nele logo, apesar de só ter deixado ele completamente instável, não sabemos qual o objetivo daquela droga. O que ela queria ou o que causaria para Manjiro ainda era um mistério por enquanto.

Com isso em mente que andei em direção ao laboratório, um pouco distraída demais e sentindo os olhares queimarem em minha pele. Estava claro que todos estavam surpresa ao me verem ali, afinal aparentemente eu estava em "exílio" por tempo indeterminado e sinceramente nem sei se eu deveria estar andando pelos corredores, sabendo do risco que seria ver Lee. Eu saberia muito bem o que ele faria quando me visse e eu não queria ter que lidar com aquilo.

Pelo menos, não agora. Passei uma mão por meus cabelos, puxando-os de forma leve, sentindo minha cabeça latejar. Caralho, eu precisava tomar mais remédio para diminuir aquela dor logo. Eu não seria capaz de me focar com aquilo.

Pisquei os olhos, franzindo levemente o cenho ao notar que enfermeiros corriam ao lado de médicos na direção do que eu imaginava ser o saguão. Claramente um caso grande havia chegado. Enfiei o frasco com o sangue do Manjiro no meu bolso e me pus a correr na mesma direção que todos. Ouvindo eles falarem sobre algum laboratório que estava em chamas. Muitos feridos. Muitos desmaiados por conta da fumaça.

Caos me aguardava quando cheguei no saguão. Havia pessoas em macas sendo levadas para os quartos ou sendo preparadas para cirurgias. Mas o que me chamou mais atenção foi um homem de cabelo rosa, eu o conhecia. E seus olhos se arregalaram quando me encararam e então ele apontou para algo em sua frente no mesmo instante que um enfermeiro que arrastava uma maca, empurrou seu corpo para o lado.

Confusa, olhei para o que ele estava apontando e....

Meus joelhos fraquejaram quando dei um passo na sua direção conforme andei, ar sumiu de meus pulmões no instante que pressionei dois de meus dedos em um ponto específico do pescoço de Asuka e percebi que não havia pulso. Soltei um grito de ajuda, subindo na maca e me sentando nos quadris da minha melhor amiga, começando uma massagem cardíaca.

Ah, essa desgraçada não vai morrer.... Não hoje! Não agora!

 Não hoje! Não agora!

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Sinners • Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora