☪ . ☆ SEVENTY TWO ☆ . ☪

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Tudo isso era simplesmente demais pra mim

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Tudo isso era simplesmente demais pra mim. Por mais que eu quisesse acertar as coisas entre mim e Aya, eu simplesmente não sabia o como fazer isso. Acho que talvez nem dê pra fazer isso, não depois de tudo o que tinha acontecido, depois de tanta mágoa entre nós. A verdade é que eu só queria que as coisas voltassem a ser o que eram antes entre nós, pelo menos... Queria ter Aya comigo, queria que ela fosse pra casa comigo, mas eu não iria pedir isso a ela. Porque da última vez que pedi pra ela vir comigo, Aya foi embora e... Eu não ia aguentar ver ela me dar as costas e ir embora de novo, se recusar a ir embora comigo. O melhor era só... Desistir. Mesmo que no fundo eu não quisesse isso, mesmo que eu quisesse lutar por essa amizade, eu...

Talvez eu esteja quebrada demais. E não sei como colocar as coisas de volta no lugar. Posso ter fingido durante todos esses meses, mas a verdade é que eu não aguento mais isso, porque viver se tornou simplesmente insuportável. E eu prometi que ia tentar lutar contra isso, mas parecia que eu estava afundando, e eu não sei mais o que fazer pra me salvar disso.

O único motivo de eu ainda estar viva é Violeta. Mesmo que eu já esteja meio morta por dentro.

Talvez se eu tivesse escutado Aya e nunca tivesse voltado... Nada disso teria acontecido. Shiori não teria tentado me matar, Akira não ia ter aparecido de volta na minha vida, eu não teria caído na burrice de acreditar de novo em Rindou e eu não... Não teria perdido um filho.

Talvez isso fosse o que mais doesse em mim. Não sabia como esquecer sobre isso, ou como deixar isso pra lá, ou como parar de pensar que se Shiori nunca tivesse conseguido me sequestrar...

Enfiei o rosto entre minhas mãos, soluçando baixinho. Não podia ficar pensando nisso, pelo menos, não demais. Apenas serviria para quebrar ainda mais tudo o que já tava muito quebrado dentro de mim.

Não sabia se o que Aya tinha me dito era verdade, não sabia se ela queria mesmo ficar perto de mim, porque... Ela tinha ido embora. Quando implorei pra ela ficar, Aya foi embora, e eu sei que ela teve motivos pra isso, mas... Não deixava de doer. E agora, eu realmente não sabia se a veria novamente, porque sequer sabia como encontrar Aya, sequer sabia se...

Não importa; nada disso deveria importar, mas sinto como se tivesse um buraco bem no meio do meu peito, algo que me impede de viver, de pensar, de respirar. Tudo o que eu sinto é uma dor que me faz questionar o quanto mais tempo vou aguentar ela. Às vezes, eu ia dormir desejando nunca mais acordar, e hoje eu desejava isso mais do que tudo no mundo.

Eu tava tão, tão cansada.

Porque eu só não podia...

Deitar aqui e morrer?

Nem sei dizer quanto tempo fiquei deitada no piso gelado do quarto, porque eu sequer tinha vontade de sair dali e ir até a cama, não tinha forças nem pra soluçar, mas minhas bochechas estavam molhadas com as lágrimas que escorriam do meu rosto.

Sinners • Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora