Eu havia simplesmente desmaiado em minha cama, assim que coloquei meus pés no meu pequeno apartamento que ficava próximo o bastante do hospital para que eu possa simplesmente correr até meu local de trabalho, caso tenha alguma emergência. Simplesmente desmaiei e apenas despertei com o toque do meu celular, algo que me fez erguer a cabeça e piscar os olhos de maneira confusa, tentando me localizar.
Mas que porra... Tateei cegamente em busca do meu celular e por algum milagre, consegui pegar aquela porra. Não fiz muito além de atender a ligação, me sentindo ainda mais confusa quando ouvi a voz de Lee. Caralho, que horas são? Espera... fitei o relógio digital que estava na superfície de uma mesa em um dos extremos do quarto. Porra, cinco da manhã?
─ Desculpa, eu sei que errei e que não deveria ter dito aquelas coisas, foi meio escroto de minha parte quando...─ Pisquei os olhos, guiando minha mão até o rosto e passando a palma por meu rosto, ignorando o resto das palavras de Lee.
Depois de quatro anos juntos, eu havia decorado cada uma de suas desculpas e sabia muito bem qual era aquela, sabia qual era seu objetivo. Lee ia dizer que tudo era culpa dele mas no final, vai acabar me culpando por não dizê-lo quem era a pessoa que me enviava presentes todas as datas comemorativas e em certas datas do ano que me faziam passar o resto do dia pensativa.
Era sempre assim. Não sei que porra ele tanto queria saber quem me entregava aquelas porra de presentes que às vezes não passavam de orquídeas roxas, tão parecidas com os olhos de Violeta que chegavam a fazer meu coração doer um pouco demais para suportar por muito tempo.
─ Eu só não entendo o motivo que você não me diz quem é, Junko. Sei que tem seus motivos e também tenho os meus para saber, afinal vamos ter uma vida juntos, está ouvindo? É uma vida inteira pela frente com você se negando a me dizer quem é que sempre está entregando esses presentes? É isso que nos aguarda?
Não falei nada. O que eu deveria falar? Eu deveria falar que quem me entregava os presentes era um homem que eu havia entregado meu coração um pouco nova demais para ter consciência disso e havíamos nos separado por ter sido o melhor para nós dois e também porque a gente... Nós... Eu... Ele..
Soltei um grunhido incompreensível.
─ Lee, não vou discutir isso com você. Já falei que não importava, é só a porra de presentes! O que isso tanto incomoda em você? É só presente!
─ O que me incomoda é minha noiva estar recebendo presentes e eu não saber de quem é!─ Ele gritou. Não demorou muito para que eu desligasse a ligação, poderia resolver aquilo um outro dia, agora eu só queria...
Houve batidas na porta, não do meu quarto mas sim do apartamento. Não me movi até escutar novamente as batidas. Uma... Duas... Três...
Rapidamente, me levantei, chutando os lençóis e quase caindo no chão enquanto corria até a porta, sem esperar muito para abri-la e me deparar com uma grande caixa rodeada por uma fita cor púrpura cintilante. Claro que pensar duas vezes não foi necessário antes de me abaixar no chão e agarrar o papelão da caixa, abrindo-a.
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Sinners • Tokyo Revengers
FanfictionAs vidas de Aya Takahashi e Asuka Nakamura não eram, nem de perto, parecidas. Enquanto Aya lutava para sobreviver aos traumas do passado que insistiam em ainda atormenta-la, Asuka buscava, a todo custo, esconder quem ela era de verdade, em uma tenta...