☪ . ☆ SEVENTY ☆ . ☪

54 7 0
                                    

Minha cabeça tava doendo pra caralho

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Minha cabeça tava doendo pra caralho. Eu sabia que não devia ter bebido tanto assim! Eu nem era mais essa pessoa, mas lá estivera eu, enchendo a cara pra apagar as mágoas como se fosse uma adolescente inconsequente e estúpida de novo. E quer saber de algo? Não me arrependo; pelo menos tinha me feito esquecer por um tempo de como minha vida tinha se tornado a porra de uma merda. Eu só queria voltar para casa, de onde nunca devia ter saído, e ficar com minha filha, que não devia ter deixado. E esquecer dessa porra de país e de tudo de ruim que estar aqui me trouxe.

-Acordou finalmente. - uma voz soou e eu soltei um grito, meu coração indo parar na garganta. Aya torceu o nariz pra mim e cruzou os braços e eu pisquei os olhos, me afastando o máximo que conseguia dela.

Tudo bem... Eu estava na cama, nem sei como vim parar aqui, e claramente Aya tinha trocado minha roupa, o que me fez torcer o nariz. Por um tempo, apenas encarei Aya. Então, senti raiva. Porque caralhos ela sequer estava ali, afinal? Ela já tinha falado o suficiente, eu realmente não queria ser mais chutada!

-É, acordei e preferia não ter feito isso.- falei, tentando me levantar, mas a tontura me atingiu com tanta força que tive que me sentar de volta na cama. Enfiei o rosto entre as mãos, fazendo uma careta para a dor de cabeça que me atingiu em cheio.

-Toma.- ela disse, enfiando um copo com água e um comprimido na minha mão. -Vai ajudar a melhorar.

Dei uma risada sarcástica, batendo o copo com força na mesa ao lado e jogando o comprimido dentro da água. Foda se essa merda. Não precisava olhar Aya para saber que estava revirando os olhos, mas ela que fosse se fuder junto com Ran e Rindou, lá na puta que pariu!

Tentei levantar de novo e dessa vez consegui. Olhei rapidamente o horário no meu celular; três horas da manhã. Porra, onde sequer minha mãe estava afinal? Bem, tanto faz. Ela pode me encontrar no aeroporto, porque eu não vou mais ficar esperando mais um dia aqui antes de ir embora.

-Vai me dar as costas, Asuka?- Aya disse em um tom entediado e sua fala me fez parar de andar, meu corpo todo se retesando.

Ela não pode estar falando sério. Tem que ser a porra de uma piada! Dei risada, enfiando a mão no rosto e esfregando com força o suficiente para deixar um vergão vermelho pela minha bochecha.

-Você tá de sacanagem com minha cara, né?- eu disse, baixo, me virando para encarar Aya. -Tá zoando com a porra da minha cara, né, Aya? Você foi embora! Me deu as costas e foi embora, mesmo quando te implorei, de joelhos, pra ficar. Não venha agir como se fosse muito melhor do que eu. Você não é.

Ela ficou em silêncio, apenas cruzando os braços e arqueando a sobrancelha. E eu estava cansada; cansada daquele olhar, cansada de sofrer por causa dela, cansada de ser trocada por todos que eu amo por causa de merdas de gangue. Que se foda.

Caminhei de volta para sala, escutando os passos de Aya logo atrás de mim. Que porra ela sequer queria, afinal? Não foi ela que deixou claro como a luz do dia que não queria mais ter nada haver comigo? Então porque está aqui? Como se ela sequer se importasse com o como eu me sinto! Que puta piada.

Sinners • Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora