Certo, não deu certo bancar o Rambo. Eu não conseguia respirar direito por conta do meu nariz que estava quebrando ou muito perto disso pela dor que eu sentia, meus pulsos doíam e sangravam pela quantidade de vezes que tentei me soltar enquanto avançava tentando socar as putas que apareciam em minha frente. Meu rosto doía e se encontrava manchado por meu sangue e o de outras.
Com muito esforço, respirei. Jogada no piso ao lado de uma pequena poça que se criava abaixo dos meus pulsos por conta dos cortes ali, eu sabia que Yuna estava certa em me chamar de fraca mas claro que tive que enfrentar a verdade e acabar me fodendo. Alguém chutou minhas costelas com tanta força que por um momento acreditei que as tinha quebrado. Tossi, tentando respirar mesmo que o ato de respirar estivesse começando a doer até demais nessa porra.
Alguém se ajoelhou e não hesitou em agarrar meus cabelos com força. Não me dei o trabalho de encará-la, mas, eu sabia muito bem quem era. E sabia que em breve estaria morta quando o metal frio foi pressionado contra minha pele, abrindo um corte que espalhou ainda mais dor por meu rosto.
─ Você vai embora, Aya.─ Yuna disse, afundando ainda mais a lâmina no meu queixo. Pisquei os olhos, trincando o maxilar para tentar segurar as lágrimas que já nublava minha visão.─ Está cidade é minha e eu estou expulsando você.─ Ela agarrou meu queixo e um de seus dedos adentraram na ferida que abriu em minha pele. Soltei um grito de dor.─ Está me ouvindo? Essa porra de cidade é minha, Aya. Se eu a ver por essas ruas mais uma vez, você vai tá morta! Vou enterrar você na porra do chão! Sua puta!
As garotas ao nosso redor riram enquanto me observavam gritar pela dor, tentando afastar a mão de Yuna do meu rosto. Ela riu de mim e de repente, eu não sei....
Não sei que porra aconteceu com minha irmã. Não sei o que aconteceu com nós, teve uma época que nós amávamos e iríamos fazer tudo uma pela outra mas então, criamos a Gangue das Amazonas e tudo se foi aos poucos.
Primeiro foi quando eu me recusei dar continuidade para as Amazonas, não queria ter um destino igual aos Haitani. Eu não queria ser presa e perder toda minha vida. Segundo foi quando teve o incêndio, onde ela me empurrou para o fogo sem pensar duas vezes e depois disse a todos que fui eu quem tentei matar todas elas. E agora, ela....
Não sei quando comecei a chorar copiosamente porque minha irmã estava querendo me matar e eu nem ao menos compreendia o motivo. Ela parecia que simplesmente acordou um dia e decidiu que me odiava com todas as forças.
─ Guarde suas lágrimas de crocodilo para outra, Aya. Eu não caio mais nessa.─ Foi o que Yuna rosnou antes que minha visão se apagasse novamente após um chute.
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Sinners • Tokyo Revengers
FanfictionAs vidas de Aya Takahashi e Asuka Nakamura não eram, nem de perto, parecidas. Enquanto Aya lutava para sobreviver aos traumas do passado que insistiam em ainda atormenta-la, Asuka buscava, a todo custo, esconder quem ela era de verdade, em uma tenta...