Eu tinha me enfiado em um buraco. Não era difícil de perceber isso, sinceramente. Hiroki tinha me dito com clareza para não me envolver com Rindou Haitani, e o que eu tinha feito? Exatamente, eu tinha passado a porra do dia transando com ele. Se isso não é se envolver, bem... É. Não tinha mais volta agora, disso eu tenha bastante certeza, não quando ele era tão bom nisso. Caralho, eu tava muito fodida. Estava bem ciente que Rindou não valia absolutamente nada, e sentia que ficar perto dele só ia me fazer sofrer, mas não era como se eu simplesmente conseguisse me afastar. Era como se tivesse algo que me atraisse até Rindou e, por mais que eu quisesse, simplesmente não conseguia ficar longe dele.
E era difícil pra porra se toda vez que eu fazia menção de me levantar dali e ir embora, ele me puxava de novo e me beijava daquele jeito tão intenso que me deixava completamente embriagada.
-Então.- eu murmurei, passando a ponta dos dedos pela extensão daquela tatuagem ridícula do lado direito do peito de Rindou, que cobria seu braço, o peito e ia até a perna. Ele se virou um pouco, me fitando com aqueles olhos roxos que eram naturalmente cheios de maldade e arrogância. Dei um suspiro. -Você não faz nada da vida além de, sabe, se envolver em merdas por aí?
-Você ficaria surpresa em saber o como isso dá dinheiro.- ele disse revirando os olhos. Eu apenas arqueei a sobrancelha.
-Escutei umas coisas sobre você. - comecei e ele me olhou, aquele típico sorriso arrogante surgindo nos lábios.
-Então deveria saber que o melhor é manter distância, Asuka.- ele ronronou. Tudo bem, a forma que ele dizia meu nome já era o suficiente pra me deixar molhada, não que eu fosse admitir isso pra ele, claro! Então, apenas enfiei a mão na cara dele, empurrando o rosto de Rindou para o lado.
-Fico me perguntando se você e seu irmão, sabe, não tiveram a porra de uma infância normal. Que tipo de pessoa consegue fazer o que vocês fizeram com treze anos?- eu disse franzindo o cenho. Rindou me olhou e me olhou antes de dar uma risada maldosa.
-Então você sabe.- ele disse. Dei de ombros.
-Ah, sim, eu sei, os irmãos Haitani de Roppongi e blá blá blá.- eu disse, revirando os olhos. Rindou bufou com irritação, porque ele é puta arrogante que gosta de se gabar dos seus feitos maldosos. -Qual seu hobbie, machucar os outros?
-Na verdade eu gosto de quebrar as articulações dos meus oponentes e os escutar gritar de dor.- ele cantarolou com um sorriso cruel.
-Interessante. - eu murmurei, voltando a deitar a cabeça no peito dele. Rindou deu risada.
-Porque ainda está aqui? Porque realmente ainda está aqui?- ele soltou, me fazendo franzir o cenho e me virar para olha-lo. Pisquei os olhos, confusa.
-Porque você não me deixou ir embora, caralho.- eu disse e ele deu um sorriso sarcástico.
-Eu não estava exatamente te obrigando a ficar e você sabe. Porque ainda não fugiu, mesmo sabendo o que eu fiz e ainda faço? Porque não sente medo, Asuka?- ele disse, se aproximando tanto de mim que fez minha respiração falhar. Eu suspirei.
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Sinners • Tokyo Revengers
FanfictionAs vidas de Aya Takahashi e Asuka Nakamura não eram, nem de perto, parecidas. Enquanto Aya lutava para sobreviver aos traumas do passado que insistiam em ainda atormenta-la, Asuka buscava, a todo custo, esconder quem ela era de verdade, em uma tenta...