As vidas de Aya Takahashi e Asuka Nakamura não eram, nem de perto, parecidas. Enquanto Aya lutava para sobreviver aos traumas do passado que insistiam em ainda atormenta-la, Asuka buscava, a todo custo, esconder quem ela era de verdade, em uma tenta...
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Respirar. Eu precisava respirar, me concentrar. Precisava... Tossi, aquele simples gesto fez com que meu corpo se agitasse e espalhasse dor por cada mísera parte, pressionei minhas palmas contra a ferida aberta em meu abdômen na tentativa de estancar o sangramento que apenas aumentava a poça que se criava ao redor de mim. Minha visão girou por um momento enquanto erguia a cabeça em busca de procurar por... alguém, qualquer coisa...
Se eu continuasse a sangrar daquela forma, não demoraria muito para que apagasse novamente e então... Não, eu não deveria pensar naquilo.
Precisava me concentrar em acabar com o sangramento. Me concentrar em não perder a consciência. Eu...
Pisquei meus olhos, minha visão parecia cada vez mais turva. Droga, se eu desmaiasse agora...
Já podia sentir as lágrimas escorrendo pelas laterais de meu rosto quando o som de passos chamou minha atenção até o início das escadas, um pouco temerosa que aquela maluca tenha retornado para ver se eu ainda estava viva e decidisse terminar o serviço. Mas, eu encontrei com os olhos bicolores.
Abri minha boca, pronta para falar algo para Kaku quando tossi novamente e sangue jorrou por minha boca, escorregando e caindo em minha blusa já completamente vermelha. Com pressa, o homem que possuía um olho cego que rapidamente desceu as escadas.
─ Que porra aconteceu com você?─ Disse ele, tocando em minhas mãos para poder observar o corte que eu pressionava anteriormente. Seu rosto se contorceu em uma careta, não demorou muito para que ele me pegasse nos braços.
Minha visão ficou turva e fiquei tonta ao ponto de acreditar facilmente que poderia desmaiar. Kaku pareceu ignorar aquilo, conforme começava a me levar até um lugar que eu não imaginava qual.
─ Ela quis me matar.─ Murmurei, ou pelo menos, eu acho que o fiz. Kaku franziu o cenho para mim, senti ele me segurar com mais força. Pisquei os olhos, minha força estava se esvaindo e...
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─ Ela disse que alguém tentou matá-la.─ Ouvi uma voz dizer para um outro alguém.
Eu a reconhecia de algum lugar, mas não conseguia, era como se minha mente estivesse tão longe dali que se concentrar se tornava uma tarefa impossível. Meu corpo estava tão pesado que eu não consegui sentir nem ao menos a ponta dos meus dedos.
