☪ . ☆ THIRTY THREE ☆ . ☪

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Enfiei minha mão no pote de pipoca e guiei os milhos estouradas até minha minha boca, mastigando-os e meus olhos presos no filme que estava sendo apresentado pela televisão

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Enfiei minha mão no pote de pipoca e guiei os milhos estouradas até minha minha boca, mastigando-os e meus olhos presos no filme que estava sendo apresentado pela televisão. Hakkai se encontrava sentado em uma posição que me fazia pensar que ele não tinha coluna, roncando e babando no sofá. Havia dormido nos primeiros dez minutos do filme e às vezes, me chutava em meio ao sono, o que me fazia olhá-lo com irritação. Pisquei meus olhos por um instante ao ouvir batidas na porta, cutuquei as costelas de Hakkai que soltou uma reclamação arrastada e meio confusa até. Revirei os olhos, me levantando, mantendo minhas mãos segurando o pote com a pipoca. Me aproximei da porta, erguendo o rosto para poder ver quem estava no outro lado através do olho mágico e ar faltou em meus pulmões quando fitei seu rosto repleto por ataduras.

Ah, só pode ser brincadeira uma porra dessas....

─ Vamos, Hakkai! Você não pode fingir que não tá aí!─ Ele socou a porta, me fazendo recuar alguns passos. Lancei um olhar para o homem de cabelos coloridos que continuava dormindo no sofá.─ Tô ouvindo a televisão, seu merda! Abre essa porta!

Fiquei calada, tomei o cuidado de andar nas pontas dos pés até meu amigo, balançando seu corpo com força demais para que ele acordasse o mais rápido possível. Hakkai não estava acordando. As batidas violentas continuaram. Tentei empurrar ele para o chão mas, não funcionou.

Que caralho...

─ Vamos! Eu não tenho a porta da noite todo, Hakkai!─ Gritou ele. Tudo bem, tudo bem, eu só precisava... Eu poderia fazer aquilo, não precisava acordar Hakkai, afinal é só mandá-lo ir embora e só, não é mesmo?

Mas minhas mãos tremiam. Era algo simples mas meu coração batia forte dentro do meu peito, me enviando a mensagem que fazer aquilo seria mais um erro. Quase caí no piso enquanto tropeçava nos meus próprios pés, seguindo em direção da porta. As batidas continuaram, assim como os gritos até que eu agarrasse a maçaneta e a abrisse em um único gesto.

Lee me fitou, espreitando os olhos por um instante. Eu me preparei para um tapa ou qualquer coisa, pronta para recuar um passo e fechar a porta com toda minha força. Mas algo aconteceu que me deixou um pouco surpresa demais...

Lee caiu de joelhos em minha frente, pressionando sua testa contra o piso e.... Ele implorava por perdão.

Pisquei os olhos, completamente surpresa com a cena que se desenvolvia em minha frente naquele momento e não tive outra reação que não fosse fechar a porta atrás de mim, começando a andar para longe dali em passos rápidos, ignorando o silêncio que exigia atenção vindo de Lee. Eu lhe dei as costas....

Eu não pensei muito quando adentrei no primeiro bar que vi aberto, me sentando nas mesas do fundo, escondida no escuro e abaixando minha cabeça até que minha testa encostasse na superfície de madeira

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Eu não pensei muito quando adentrei no primeiro bar que vi aberto, me sentando nas mesas do fundo, escondida no escuro e abaixando minha cabeça até que minha testa encostasse na superfície de madeira.

Minha vida está uma merda desde que vim até essa cidade em busca da porra do meu sonho. Primeiro, Lee. E agora, Ran apareceu na minha vida. Tudo bem, tudo não estava perfeito, mas pelo menos estava bom. Eu me sentia bem, não havia dúvidas no meu coração. Eu agia como Junko e ignorava tudo que passei como Aya.

Eu só...

Suspirei, erguendo minha cabeça e apoiando meu queixo na palma da minha mão, fitando as pessoas que andavam pelo estabelecimento, uma parte delas dançavam ao som de uma música eletrônica que fazia minha cabeça doer um pouco demais.

Perdida, ah, sim, eu estava perdida por tempo demais, por tanto tempo que o caminho está cheio de espinhos que me machucam demais enquanto tento abrir um novo caminho. Suspirei mais uma vez, passando uma mão por meu cabelo e o puxando-o levemente com força ao ponto da dor se alastrar pelo meu couro cabeludo por um instante, aquilo me fez soltar um resmungo de dor e afastei minha mão da minha cabeça com uma careta em meu rosto.

Meu cenho se franziu quando meu olhos se deparam com um copo colorido, claramente um drink tão cheio de álcool que o cheiro fazia minhas narinas doer. Guiei minha atenção para o homem de cabelos escuros e longos que caía por seus ombros. O cabelo dele parecia tão sedoso que me deu inveja. Seus olhos tinham um cor bronze.

─ Bebe.─ Ele disse, abrindo um sorriso fazendo com que eu visualizasse seus caninos pontudos mas que me lembrava um gato.─ Se você beber, essa carinha triste aí não vai durar nem um segundo.

Pisquei meus olhos, abrindo um sorriso lento.

─ É isso que acontece antes de uma pessoa ser sequestrada ou abusada, você sabe nisso, não é?─ Falei, me encostando no estofado do bando em que eu estava. O homem passou uma mão por seus cabelos escuros e vi piercings ao longo da sua orelha. Tá legal... Ele era bonito e tava me oferecendo uma bebida, mesmo que um jeito muito estranho.

Mordi os lábios, levei o copo até meus lábios, bebendo o drink inteiro em um gole. O homem sorriu com ainda mais malícia, não demorou muito para que eu também abrisse um sorriso em sua direção. Empurrando o copo para seu lado, cruzando meus braços e tombando a cabeça levemente para o lado.

─ Peça mais um.─ Murmurei. O desconhecido riu, erguendo uma mão e parecendo chamar atenção do garçom mais próximo.

Na segunda dose da bebida, eu já me sentia um pouco mais leve e não economizava minhas risadas com os comentários cheios de graça do homem. Acredito que eu tava precisando um pouco daquilo. Eu precisava beber, rir com alguém que não faz ideia da bagunça que rondava minha vida. Eu...

Soltei mais uma risada, guiando mais um copo colorido até meus lábios e bebendo com rapidez. As bochechas do homem entregavam que ele não estava mais sóbrio do que eu e sua voz escorregava um pouco, o que me fazia rir ainda mais.

Não sei quanto tempo demorou, mas já estava anoitecendo quando saltamos para a rua com o bar fechando por completo. Ele segurou meu braço, me impedindo de cair no chão após um tropeço. A gente se olhou, então soltamos uma risada. Ele entrelaçou nossos dedos, me puxando para perto dele e beijando meus fios. Andamos pelas ruas entre risadas e palavras arrastadas que nenhum de nós dois entendia mas fingiamos que sim.

Meu cenho se franziu por um instante quando notei que eu estava trilhando o caminho para a casa de Asuka. Sorri, empurrando ele para o lado levemente e andando alguns passos com um sorriso em meu rosto.

─ Moro por aqui!─ Soltei, alegre.─ Ei, acho que é aqui que a gente se separa, Gatinha Marie.

O homem soltou uma risada estrondosa ao ponto dele se apoiar nos joelhos.

─ Gatinha Marie!─ Ele falou, rindo ainda mais. Pisquei os olhos e também soltei uma risada.─ Meu nome é Keisuke, sua maluca!

Ri. Não sei como entendi suas palavras.

─ E eu sou a Aya!─ Gritei, abrindo os braços, tropeçando um pouco para trás. Kei me observou e não demorou muito para correr na direção de meus braços, me balançando levemente no abraço.

 Kei me observou e não demorou muito para correr na direção de meus braços, me balançando levemente no abraço

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Sinners • Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora