As vidas de Aya Takahashi e Asuka Nakamura não eram, nem de perto, parecidas. Enquanto Aya lutava para sobreviver aos traumas do passado que insistiam em ainda atormenta-la, Asuka buscava, a todo custo, esconder quem ela era de verdade, em uma tenta...
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─ Não.
Revirei os olhos, guiando uma mão até meus cabelos curtos que já estavam um pouco grande demais, ultrapassando meu queixo. É claro que Kaku me daria aquela resposta, ele e Izana sempre acharam que eu era a responsabilidade deles por ser a mais nova, tanto que foram dois pés no saco quando criei minha própria gangue, não que eu tenha importado com aquilo na época e esteja preocupada com isso agora.
─ O quê?
─ É, você não entra na Bonten.─ Ele se aconchegou na sua cadeira de couro e pegou alguns papéis, começando a analisá-los. Revirei os olhos, me levantando e em um único gesto, varri todos os objetos na mesa diretamente para o chão com os braços. Kaku ergueu seu olhar, ele me parecia realmente irritado. Ótimo!
─ Acho que você não entendeu, Kakucho.─ Rosnei.─ Eu já estou na Bonten, você querendo ou não. Eu vou usar essa merda de gangue para acabar com Yuna de uma vez por todas.
Kaku franziu o cenho e piscou os olhos por um instante.
─ Yuna? É por causa dela que quer entrar pra Bonten? Ah, não seja burra, Aya! Você não chega aos pés dela! Ela matará você.
─ Ela pode até tentar mas ela não vai conseguir.─ Respondi, recuando um passo. Kaku suspirou e enfiou uma mão no bolso do terno que utilizava, tirando um celular de lá.
─ Kokonoi é o nome dele. Ele vai dar o que você precisa.
Sorri, pegando o aparelho com rapidez e não demorando muito para ler a mensagem que revelava um endereço. Me virei, dando as costas para Kaku, aproximando-me da porta em passos lentos e arrastados. A primeira etapa do meu plano estava ccompletada, agora...
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─ É estranho pensar que Kakucho deixou você entrar.─ Murmurou o homem de cabelos brancos e olhos cuidadosamente delineados de vermelho. Apenas sorri em sua direção, agarrando um cabide de um vestido púrpura, ele claramente mal iria cobrir minhas coxas e deixaria a pele das minhas costas livres demais para observação mas não me importei muito com aquilo e soltei o vestido dentro da caixa de plástico que uma mulher sorridente carregava ao nosso lado.
