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CINCO ANOS ATRÁS

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CINCO ANOS ATRÁS.

As luzes fluorescentes me cegavam um pouco conforme eu atravessava a pista de dança com um copo feito de vidro colorido, preenchido por um drink que até agora não sabia como pronunciar o nome. Corpos suados esbarravam em mim e mãos escorregavam pela parte da minha pele que estava nua por conta do curto comprimento do vestido prata que eu vestia naquela noite agitada na boate que costumo frequentar na companhia de Hakkai nos fins de semana, quando eu me encontrava livre da faculdade o suficiente para encher a cara até o dia raiar.

Soltei um suspiro aliviado ao me aproximar da mesa em que Hakkai estava conversando com um amigo que conheceu por aí. Ele possuía olhos castanhos e cabelos escuros, além de um sorriso encantador. Lee era seu nome e ele não parava de me encarar como se eu fosse um pedaço de carne que estava louco para devorar.

Cinco anos desde que saí da cidade e sempre me encontrava esperando por caixas guardando presentes vindos de Ran. Aliás, o vestido que eu usava era um presente dele, assim como a lingerie de tecido escuro de renda que usava por debaixo do vestido. Cinco anos que saí daquela cidade e estava longe de Ran, apenas o acompanhando por notícias nos jornais sobre as pessoas que ele provavelmente matou com gangue que participava agora, Bonten.

─ Já está bêbada?─ Perguntou Lee, assim que me sentei ao seu lado, bebericando o drink que consegui com um dos garçons.

─ Não.─ Falei, sem olhá-lo. O ouvi suspirar, baixando levemente a cabeça e erguendo uma das mãos, chamando um garçom. Só fui prestar atenção no que ele falava ao homem uniformizado quando Lee retirou a taça com o líquido alcoólico de coloração avermelhada das minhas mãos e então, depositou uma água na minha frente. Pisquei os olhos, chocada com sua atitude.

Mas que porra era aquela?

─ Você não deveria beber muito e ainda mais sozinha, pode ser perigoso para você.

─ Mas eu não tô sozinha.

Ele riu, inclinando a cabeça para o lado.

─ Tem certeza?─ Franzi o cenho, lançando um olhar para o lugar que Hakkai está sentado ou pelo menos estava. Olhei ao redor em busca dos cabelos coloridos do idiota quando eu o vi. Ele estava com a língua enfiada na boca de um homem enquanto uma mulher se esfregava nele. Canalha imbecil!

─ Ele vai sair daqui com aqueles dois e você estará...

─ Sozinha.─ Grunhi, irritadiça. Lee se inclinou na minha direção e cutucou uma de minhas coxas em uma óbvia provocação que retribui com um tapa bem dado em sua palma, me levantando e me enfiando no mar de gente sem dar atenção para seus chamados.

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