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Aya ficava completamente cega quando o assunto era o porra do Lee

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Aya ficava completamente cega quando o assunto era o porra do Lee. Tão cega que chegava a me assustar, porque se um dia ele acabasse a matando, Aya provavelmente ainda ia achar que a culpa era dela. Por um lado, eu entendia; costumávamos ficar meio idiotas quando o assunto era alguém que amávamos, mas isso não era paixão e muito menos tolerável. E também não era amor. Aya tinha gritado na minha cara que eu não deveria me meter na vida dela, mas quer saber? Um grande de um foda se. Ela era minha melhor amiga, minha irmã, e estava cega. Eu não ia deixar Aya se afundar na merda sem fazer nada. Ela podia me odiar para sempre se quisesse, eu não ligava, pelo menos ela estaria viva para fazer isso.

A cada dia que se passava, tinha mais e mais certeza que o que ela tinha com Lee não era amor. Era como se Aya tivesse se agarrado a ele em uma dependência emocinal que me assustava, assustava para um cacete. Sim, eu entendia que Aya tinha ficado sozinha, mas, porra... Lee não prestava, não mesmo! Até Ran que é a porra de um assassino presta mais que esse merda, a começar pelo simples fato que ele nunca, jamais, bateria em Aya. E que Ran realmente se importava com Aya, mesmo que fingisse não estar nem aí.

-Desculpa ter te ligado no meio da madrugada.- murmurei para minha mãe, que estava no quarto de Violeta agora. Ela apenas fez um gesto de tanto faz. -Eu volto logo, se Vi acordar, diga que não vou demorar.

-Vá lá ajudar sua amiga. Violeta vai estar segura aqui.- minha mãe garantiu e eu não pensei muito antes de sair de casa e entrar no carro.

Tudo bem, o dia tinha sido uma porra e a madrugada tava uma puta de uma merda do caralho. E, sim, eu estava assustada com tudo o que tinha acontecido e estava ficando cada vez mais e mais assustada, principalmente com Aya.

Eu precisava me manter calma, ou tudo daria ainda mais errado, mas porque estava com um pressentimento tão ruim? E claro que só ficou pior no momento que cheguei ao apartamento de Aya, vendo a porta aberta.

Tudo bem...

Na verdade, quando entrei, percebi que nada estava bem. Principalmente pelas gotas de sangue espalhadas pelo chão. E ai, eu vi Lee, parecendo a beira de um colapso, o cinto enrolado na mão.

E, como uma pessoa que tinha apanhado a vida inteira, principalmente de cinto, eu entendi exatamente o que estava acontecendo ali.

Não sei de onde tirei forças, mas acho que, por um segundo, a raiva me dominou. Peguei a primeira coisa que encontrei, atirando em cheio contra ele e foi satisfatório ver o vaso atingir ele com tudo. Lee gritou quando vidro espalhou para todo lado, seus olhos se arregalando.

-Seu puto desgraçado do caralho, o que fez com minha amiga?- eu gritei com ele. Lee avançou contra mim, preparado para me bater também, mas eu não ia aceitar aquilo. Há muito tempo eu tinha parado de deixar que homens escrotos fizessem o que queriam comigo. Lee teve a decência de parecer abalado quando apontei o canivete que carregava comigo para ele, para sua garganta. Bem, quando você cresce em uma família bosta e teve um relacionamento com um delinquente, você aprende algumas coisas.

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