"'Cause anyone can see
We'll do it anyway"
(Why Don't We Go There)
OLIVIA
— Não vamos ter que pagar pela água, né? — perguntei quando vi a funcionária vindo em nossa direção com duas taças.
A moça muito bem vestida e educada entregou uma taça de água para mim e uma de champanhe para Sebastian.
Sério, quem tomava champanhe às seis da tarde?
— Vou pegar os catálogos para ter uma ideia geral do que vocês estão procurando.
— Obrigado, Daisy. — Sebastian disse sorrindo depois de bebericar seu champanhe
Ele estava sentado ao meu lado no sofá como se estivesse na própria casa.
— Daisy? — perguntei sugestivamente e o sorriso de Ferrante aumentou.
— É uma amiga da família. — Arqueei uma sobrancelha e Sebastian continuou. — Não, eu não dormi com ela. Seria estranho já que ela me conhece desde que eu era um pirralho.
Ah. Ela aparentava ter idade para ser tia ou mãe de Sebastian mesmo, mas eu também não tinha certeza do tipo de mulher que ele gostava.
Ferrante deu mais um gole no champanhe.
— E não, não vamos pagar pela água, só relaxe, está bem?
Era fácil para ele dizer aquilo.
— Isso é tudo parte de um plano para que nosso "relacionamento" tenha mais credibilidade para sua família, não é?
— O quê? Vir na joalheria preferida dos meus pais, da qual os amigos deles são donos e funcionários, apenas para quando eles se perguntarem: "Como assim não estávamos sabendo que nosso filho estava sério com uma garota?", aparecerem testemunhas oculares de que somos dois pombinhos apaixonados?
Olhei impressionada para ele.
— Você subestima demais minha mente, linda.
Fiz uma careta ao ouvir o "linda".
Porém, eu tinha de admitir que Sebastian não estava se saindo tão mal naquele plano. Apesar daquela loucura ser toda ideia minha, ele não estava jogando tudo nas minhas costas. Para falar a verdade, para quem não tinha inventado aquele circo, ele bem que parecia muito mais otimista do que eu de que tudo iria dar certo.
SEBASTIAN
Daisy voltou com o catálogo e deixei que Sartori desse uma olhada primeiro e avaliasse qual estilo mais a agradava.
Claro que meu foco intenso na minha taça de champanhe e na minha adorada noiva de mentira não tinha nada a ver com evitar os olhares avaliadores que Daisy estava me lançando.
Quando disse que ela era amiga da minha família, eu estava falando sério.
Daisy esteve presente no dia em que entrei pela primeira vez pelas portas da joalheria com o propósito de entregar o desenho de um anel que eu mesmo tinha feito e que, na minha ingenuidade de moleque, apenas a mulher da minha vida seria digna de usar.
Na época, meus pais estavam renovando os votos e eu estava meio fascinado pelas ilusões do "amor verdadeiro".
Não que eu não achasse que meus pais se amavam de verdade. Era só que tinha certeza que não era algo que a maioria das pessoas alcançava na vida.
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Contrato de Casamento: Olivia e Sebastian em seu (in)felizes para sempre
RomanceOlivia Sartori e Sebastian Ferrante são o pesadelo um do outro. Nas palavras dela, ele é um irresponsável idiota. Nas palavras dele, ela é uma rainha megera de coração tão frio quanto o Polo Norte. Porém, assim como suas funções na empresa em que tr...