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(O capítulo a seguir contém cenas explícitas. Não recomendado para menores de +18 anos nem para leitores que não se sentem confortáveis com textos de conteúdo sexual. Voltaremos à programação normal family friendly no próximo capítulo rs)



"I think it went oh, oh, oh,

I think it went yeah, yeah, yeah,

I think it goes ooh"

(Best Song Ever)


SEBASTIAN

— Eu ainda acho que você deveria ficar pelo menos mais um dia no hospital, só para garantir. — Olivia disse, me ajudando a entrar no quarto.

Apesar de sentir algumas dores na parte superior do corpo, eu conseguia caminhar sozinho, mas não encontrei força de vontade para dizer aquilo para ela.

Não quando seu braço estava em volta de mim, nossos corpos tão colados que cada vez que ela virava minimamente a cabeça, meu nariz acariciava a bochecha. Não quando ela parecia ter tanto cuidado em me tocar e fazer tanto esforço para aguentar o meu peso.

Claro que eu não estava colocando nem um terço do meu peso sobre ela, mas gostava do jeito como Olivia parecia verdadeiramente preocupada com o meu bem-estar.

Fazia tanto tempo que eu não deixava ninguém se aproximar assim.

Uma noite de sexo com alguém que o nome demoraria pra voltar para minha mente —se voltasse — no dia seguinte, não era a mesma coisa que aquilo.

Na verdade, eu tinha realmente começado a me questionar se algo no mundo se comparava com aquilo.

Eu conseguia perceber aquela semelhança que compartilhava com Olivia.

Tudo bem que ela já era naturalmente alguém mais na dela, mas eu também sabia que também fazia um tempo que Sartori não se aproximava tanto de outra pessoa.

Éramos duas faces da mesma moeda. O desenho poderia ser diferente, mas a essência era a mesma.

E eu gostava muito daquilo.

Gostava demais.

Tinha medo de acordar qualquer dia e descobrir que foi tudo um sonho. Medo de que eu abriria os olhos e estaria no meu quarto, pronto para me preparar para o trabalho, encontrar Olivia e ela faria o favor de não prestar atenção em mim nem por cinco segundos.

Comecei a pensar que Olivia prestar atenção em mim era muito mais perigoso porque era simplesmente...viciante.

Eu virei a maçaneta e Olivia empurrou a porta do quarto com o pé. Entramos um pouco cambaleantes e ela fechou a porta atrás de nós.

— Consegue se apoiar ou prefere deitar um pouco? — Olivia indicou a parede e depois a cama.

Desde que terminei os exames, o médico me deu alta e ela voltou do café, estava um pouco mais quieta, mas eu julgava que era o cansaço por ter passado boa parte da noite acordada.

— Tenho a leve impressão que você vai me matar se eu escolher deitar sujo na sua cama. Vou tomar um banho. — comentei e ela riu.

— Tem razão, mas eu iria deixar passar só porque você está numa situação complicada.

— Prefiro não arriscar. — eu me ajeitei tirando, um pouco a contragosto, o braço dos ombros de Olivia e me apoiando na parede por alguns segundos.

Contrato de Casamento: Olivia e Sebastian em seu (in)felizes para sempreOnde histórias criam vida. Descubra agora