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"So let them take the pictures,

spread it all around the world now."

(Magic)


SEBASTIAN

Duas horas depois, passamos pela entrada da cidade onde Olivia havia nascido e crescido.

Meus pais haviam mandado uma mensagem quinze minutos antes dizendo que já haviam chegado e estavam hospedados em um dos hotéis da cidade.

O que deixou Olivia extremamente ofendida até eu explicar para ela que na verdade aquilo era bem melhor para nós dois, visto que teríamos como sondar a reação separada das duas famílias com a notícia do nosso eminente casamento.

Ela pediu para que eu mantivesse as janelas fechadas durante todo o trajeto dentro da cidade.

Claro que, pelos olhares que lançavam à caminhonete desconhecida passando no meio das ruas deles, nós já éramos o assunto favorito dos habitantes.

Sartori disse que seria melhor assim, pelo menos até ela encontrar a família, já que se reconhecessem ela no meio do caminho provavelmente nos parariam a cada esquina.

— Você quer encontrar seus pais primeiro? Eu consigo levar a pick-up até a casa dos meus pais e te buscar mais tarde. — ela ofereceu e eu neguei com a cabeça.

— Provavelmente eles ainda estão dormindo. Meu pai viaja de um bairro para o outro e já quer dizer que está com jet lag. — Dei uma risadinha, mas Olivia ficou em silêncio por uns três segundos antes de virar para mim.

— Não acha que seria mais fácil se simplesmente falássemos a real para todos eles?

Olhei para ela como se Sartori tivesse ficado louca.

Porque ela só podia estar louca para pensar naquilo.

— Claro, eles não julgariam nem um pouco que estamos prestes a fingir um matrimônio só para garantir uma vaga para concorrer a uma vaga. — eu disse sarcasticamente virando a esquerda, entrando num caminho de terra que esperançosamente nos guiaria para a casa dos Sartori. — Pais são super compreensivos assim mesmo.

Olivia soltou as costas no banco e suspirou:

— Por que você aceitou fazer parte desse plano maluco, hein?

Gargalhei.

— Você quer dizer, como eu fui encurralado contra a parede na frente do advogado da empresa onde eu trabalho há anos porque a minha colega resolveu mentir com a cara mais limpa que estávamos noivos? Não faço a mínima ideia de como aceitei fazer parte desse plano.

— É aqui. — Olivia disse ignorando minha alfinetada e apontando para o portão de ferro. Através dele era possível ver quilômetros e quilômetros de terra. — Vou abrir o portão.

Ela abriu a bolsa, tirou um molho de chaves de dentro e saiu do carro.

— Precisa de ajuda? — disse pela janela.

— Já fiz isso aqui muitas e muitas vezes sozinha, mas obrigada.

Ela empurrou as grades de ferro e eu avancei um pouco com o carro para parar ao lado dela.

— Por que você está me olhando com essa cara? — Olivia perguntou inclinando a cabeça.

— Estou chocado. Você não é pobre.

Sartori riu.

— Minha família não é pobre. Eu sou pobre. Além disso, também não somos tão burgueses, a terra é dividida com pelo menos mais umas quatro famílias. — ela explicou, dando um tapinha na porta do motorista. — Agora siga em frente. Eu preciso fechar isso aqui.

Contrato de Casamento: Olivia e Sebastian em seu (in)felizes para sempreOnde histórias criam vida. Descubra agora