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"If there's something I've learned

From a million mistakes,

You're the one that I want

At the end of the day"

(End of The Day)

SEBASTIAN

Alguns minutos tinham se passado desde que o pessoal tinha voltado para casa — e desde que Olivia tinha ido definir alguns detalhes da cerimônia com minha mãe e a dela — quando recebi uma mensagem no celular.


Julie

Preciso conversar com você?

Consegue vir aqui fora?


Depois das minhas últimas conversas com Julie terem sido extremamente tensas, eu não tinha certeza se queria mesmo fazer aquilo.

Aquele foi um dia incrível e ,embora eu ainda estivesse sentindo os efeitos da queda, não queria terminar minha noite me sentindo mal.

Porém, eu devia isso a Julie quantas vezes ela precisasse, afinal, eu tinha a arrastado para aquilo, eu não tinha sido sincero com ela nem comigo e sabia que toda a sua reação comigo e com Olivia era porque minha amiga estava sofrendo.

Não podia simplesmente dar às costas a ela e fingir que nada estava acontecendo.

Tínhamos uma amizade de anos.

Então apoiei meu pé estável no chão e deixei o burburinho crescente da sala cheia para trás, passando pela porta da frente e olhando para os lados em busca de Julie.

Ela estava a poucos metros de distância e, enquanto eu me aproximava, ainda um pouco devagar por causa do pé, Julie gesticulou para que seguíssemos adiante.

Caminhamos com alguns passos de distância entre nós — ela guiando o caminho — e eu percebi que estávamos perto do celeiro, um poste alto iluminava a construção, e logo ao lado estava o projeto de Pedro Sartori quase finalizado.

Os rapazes deveriam ter adiantado bastante o serviço enquanto eu estava no hospital.

Julie chamou minha atenção e entrou no celeiro.

— Acho que aqui é mais seguro do que perto da família enorme de Olivia que pode nos ver e interpretar tudo errado. — Ela começou, apoiando-se numa pilastra e me observando de cima a baixo. — Está doendo muito?

— Acho que não tanto como imaginei que estaria. O médico disse que tive sorte de ter apenas deslocado o braço e lesionado um músculo desse pé. — Apontei. — Falou que poderia ser muito pior.

— E poderia mesmo, mas quando é que você tem juízo ou me dá ouvidos, não é?

Surpreendentemente seu tom não era de reprimenda ou julgamento. Havia um pequeno sorriso triste no canto de seus lábios.

— Olivia passou a noite com você lá no hospital, não foi? — Assenti com a cabeça e ela não me encarou. — Vi quando ela saiu daqui com uma bolsa grande. Parecia genuinamente preocupada... Talvez, talvez, eu tenha me apressado em julgá-la mal.

Respirei fundo.

— Olivia é uma boa pessoa, Ju. — Estava cansado de tentar fazer com que ela entendesse isso.

Julie balançou a cabeça como se tentasse convencer a si mesma a acreditar no que eu dizia.

— Acho que sim. — Ela deu de ombros. — Sinto muito por ter sido...difícil com você todos esses dias. Não é fácil admitir que talvez outra pessoa seja boa para o cara que você ama... Só posso desejar que ela te ame também e que tudo isso não seja apenas um artifício para conseguir o que quer.

Contrato de Casamento: Olivia e Sebastian em seu (in)felizes para sempreOnde histórias criam vida. Descubra agora