"I start to say,
'I think I love you', but I make no sound."
(Stole My Heart)
OLIVIA
A respiração de Sebastian sob meu rosto era calma e suave. Seu peito subia e descia no mesmo ritmo em que seus dedos deslizavam com a sutileza de uma pena pelas minhas costas.
— Será que tem algum jeito de ficarmos aqui para sempre? — ele perguntou, suspirando.
O entardecer tinha passado pela janela e dado lugar para a noite.
Conseguimos ouvir ao longe a comoção lá fora diminuir e eu sabia que em breve, querendo ou não, nós dois teríamos que sair do quarto.
— Acredito que temos duas opções. — Mexi a cabeça para olhá-lo. — Saímos do quarto de bom grado ou essa porta será derrubada em algumas horas como se fôssemos criminosos de guerra. Ah, e claro que depois de não conseguir se segurar e me atacar antes do casamento, você perderá o posto de genro favorito.
Sebastian fez uma cara de ultraje.
— Te atacar? Admita que você colocou aquela camisola com segundas intenções, Sartori.
Me apoiei em um cotovelo para encará-lo.
— Ha-ha, você é extremamente convencido, sabia?
Ferrante imitou minha pose e tocou a ponta do meu nariz.
— Eu simplesmente confio no meu taco, linda. Não é vergonha você dizer que estava pensando nesse meu corpinho com uma frequência preocupante. Eu entendo.
Empurrei seu ombro com força para que ele caísse com as costas na cama novamente, mas Sebastian segurou minha cintura e me puxou para cima de seu corpo.
Ficamos assim por algum tempo, só nos encarando, meu cabelo formando uma cortina em volta dos nossos rostos.
— Obrigada por hoje, Seb. — falei baixinho. — Foi incrível. De verdade.
Esperei a piadinha sobre ele ser incrível sempre sair da sua boca, mas Sebastian apenas me encarou daquele jeito como se pudesse ver até a minha alma.
— Você não precisa me agradecer, Lili.— Ele acariciou minha bochecha. — De todas as vezes que imaginei esse momento, nenhuma delas chegou perto disso. Acho que eu que deveria estar te agradecendo.
Aproximei meu rosto do dele, roçando nossos lábios:
— Para quem se gaba de ser um canalha, você é bem fofo.
— Você desperta o meu pior lado. Que homem quer ser fofo? Pelo amor de Deus. Mas é inevitável. — Ferrante me deu um selinho. — Acho que daqui a algum tempo me acostumarei a ser um canalha fofo. Vai ser o jeito.
Eu ri por um instante, mas então meu sorriso sumiu.
—Não queria que você soubesse dessa forma. Não por Max. Imagino os absurdos que ele deve ter dito.
Sebastian respirou fundo, sem tirar os olhos de mim.
— Ele foi nojento, Olivia. Podre. Fico com raiva só de lembrar que você passou anos com esse cara, envenenando sua cabeça. Sem te dar um minuto de paz. — Ele colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. — Se eu o já odiava por estar com você, só por ser seu noivo e ser um ciumento do cacete, depois de hoje, eu o odeio por tudo o que ele é. Maximus é doente. Você precisa contar para sua família.
Aquilo me alarmou.
— O quê? Sem chancr! — exclamei, saindo de cima de Ferrante e caindo ao seu lado novamente. Só de pensar em encarar minha família e dizer que...Só de pensar que se eu não contasse tudo, Max daria um jeito de fazer isso, como fez com Sebastian. — Não, Seb, eu não...
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Contrato de Casamento: Olivia e Sebastian em seu (in)felizes para sempre
RomanceOlivia Sartori e Sebastian Ferrante são o pesadelo um do outro. Nas palavras dela, ele é um irresponsável idiota. Nas palavras dele, ela é uma rainha megera de coração tão frio quanto o Polo Norte. Porém, assim como suas funções na empresa em que tr...