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"Poweless and I don't care,

It's obvious."

(No Control)


SEBASTIAN

Era domingo.

Uma noite de domingo.

E é claro que deveria ter pelo menos um recanto para os jovens aproveitarem a noite.

Olivia não estava comigo, apesar de eu ter insistido para que ela me acompanhasse porque o efeito para quem estivesse nos observando seria bem maior.

No entanto, Sartori disse que já tinha se comprometido em ajudar sua melhor amiga Patricia em alguma coisa.

Bem, eu não podia reclamar muito. Depois de nossa conversa mais cedo, Olivia tinha me dado carta branca (ou quase isso) para lidar com a situação do nosso noivado de mentira.

O que era um grande passo para mim que estava naquele plano maluco com uma mulher doida e desesperada por controle.

Então eu saí com um pedaço de papel na mão, com um endereço escrito com uma caligrafia familiar, metódica, mas bem bonita depois de ter reservado nossos lugares horas antes.

O local que Olivia escolheu não era dos piores, a parte de cima era um restaurante simples, mas aconchegante. Já a parte que ficava no subsolo, segundo ela, tocava músicas e até tinha uma pista de dança. Era onde os estudantes e os jovens adultos se divertiam.

Considerando que não havia muita coisa para se fazer naquele fim de mundo, eu supunha que eles se divertiam bastante ali mesmo.

Eu estava sentado na mesa reservada há uns 10 minutos, quando a vi entrando pela porta.

Por um mísero milissegundo, o mundo pareceu parar só para ter um vislumbre total dela.

O coque que costumava estar bem preso e esticado em sua cabeça quando estávamos trabalhando juntos, agora estava mais informal, com várias mechas escapando do penteado e emoldurando seu rosto minimamente maquiado.

O vestido que ela usava era simples, azul escuro, chegando até metade das coxas e quando ela se virou para fechar a porta vi que as costas estavam cobertas apenas por uma faixa de tecido na sua coluna.

Ela usava brincos pequenininhos que imitavam pérolas e uma correntinha de ouro, com um pingente em formato de "S".

Eu paralisei por uns cinco segundos até lembrar que o nome dela era Olivia Sartori e que eu havia visto a irmã dela usando um bem parecido no dia anterior.

— Desculpa a demora. — ela falou ao chegar ao meu lado. Num último suspiro de cavalheirismo, eu consegui levantar, dar um beijo em sua bochecha e puxar a cadeira para que ela sentasse. O seu perfume era um toque bem ao fundo que, para minha surpresa e da minha alergia, me fazia querer sentir mais. — Patty resolveu implicar com toda e qualquer roupa que eu escolhesse. Aliás esse vestido é dela, então nem repare que está bem mais curto do que deveria.

Sua expressão tinha um toque de desconforto e...nervosismo.

Eu estava incrédulo.

Será que ela não percebia que metade do recinto estava focado nela? Incluindo eu, o que, claro, era de se esperar de um noivo atencioso e apaixonado.

Mas Olivia sempre inspirou admiração, por mais que criticassem muitas vezes seu jeito rígido e frio de ser, não tinha uma pessoa que não admirasse seu esforço ou sua dedicação.

E, obviamente, sua beleza.

Olivia Sartori não tinha aquela beleza tradicional. Era uma beleza um tanto traiçoeira, uma beleza que, embora não te deixasse hipnotizado de primeira, fazia você olhar duas ou três vezes para analisar como tudo se encaixava perfeitamente.

Contrato de Casamento: Olivia e Sebastian em seu (in)felizes para sempreOnde histórias criam vida. Descubra agora