07.

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Giovanna 🍃:

Giovanna: foi muito bom conhecer todos vocês, espero que tenham gostado da aula e tirado todas as dúvidas - sorri - tchau e até a próxima . - Peguei minha mochila e saí da sala.

Estou tão feliz por ter dado mais um passo na minha vida.

Primeiro eu me formei em marketing digital e durante esses três anos que eu passei em Portugal, aprendi três línguas.

Que é a própria língua de lá, italiano e inglês.  Agora eu estava dando uma aula sobre marketing e estou tão feliz.

Para quem é de fora e não sabe a minha história ,acha que isso é besteira,mas eu sei que não é.

Só eu sei de tudo que passei para chegar até aqui.

Foi abonada pela minha mãe e até hoje nem sei onde ela tá,e muito menos sei se ainda está viva.

Namorei com um cara super abusivo,que me batia,me chifrava,me humilhava e ainda abusava de mim.

Tive dependência emocional , quase fiquei sem andar e sem um braço.

Nesse meio tempo conheci um cara incrível,que cuidava de mim,me levava para a psicóloga,nas fisioterapias e sempre me elogiava.

Porém comecei a ter dependência nele também e estava disposta a aceitar tudo que viesse dele,seja bom ou ruim.

Ele percebeu isso e se sentou comigo, conversou e disse que queria muito ficar comigo,que me amava,mas ele precisava me deixar.

Que por mais que me amasse e por mais eu eu dissesse que também amava ele,eu teria que me amar primeiro. Teria que descobrir o meu valor,para só assim a gente ficar juntos.

Que não importava o quanto demorasse,ele iria me esperar. Que ele só queria que eu amasse ele de verdade e não com a dependência.

E eu fui embora, mesmo sem querer ir eu fui embora, mesmo com a dor no peito de deixar ele,eu fui embora.

Eu tive que deixar um amor para poder me amar. E foi deixando esse amor que eu me tornei essa pessoa.

De certa forma eu agradeço a ele por isso,porque foi deixando ele que eu me tornei essa mulher formada e que aprendeu a se amar mais que qualquer outra coisa.

Só que por outro lado eu fico triste, fico triste porque ele não me esperou,ele não me esperou assim como prometeu.

Agora,depois de 3 anos ele está casado e tem um filho. Mas está tudo bem,mesmo sem está.

Estava passando pelo corredor quando esbarrei em alguém, levantei o olhar e vi ele ali com um sorriso no rosto.

Revirei os olhos e ia continuar meu caminho quando ele segurou no meu braço.

Giovanna: tá me perseguindo é? - tentei me soltar dele, que soltou meu braço e continuou sorrindo.

Caccini: você que está - cruzou os braços e me olhou de cima a baixo - está cursando o que?

Giovanna: nada - cruzei meus braços também- nem sei porque você está falando comigo,sua mulher com certeza não vai gostar nada disso.

Caccini: minha mulher não é ciumenta - revirei os olhos - ou pelo menos eu acho que ainda não é - riu.

Giovanna: que bom para ela - sorri forçada - agora se me dá licença - virei novamente para sair e ele pegou no meu braço - virou fã de pegar em braço agora foi? - perguntei já estressada.

Caccini: che donna stressata, signore - bufou. Ele tá achando que eu não sei italiano agora.

(que mulher estressada senhor)

Giovanna: eu não tenho o tempo todo , Marcos. Então fala logo o que você quer.

Caccini: nem tô entendendo esse seu estresse - bufei. - tava com saudades de escutar você me chamando pelo nome.

Giovanna: quando você virou isso,hein? De ficar flertando com outra mesmo estando em um relacionamento? - ele ia responder,só que uma menininha saiu de dentro de uma das portas desse corredor.

Que creio eu que seja o banheiro.

A menina era linda,sua pele negra clara e olhos arredondados meio esticadinho.

Xxx: já podia sair? - perguntou para o Marcos de uma forma fofa e em um tom baixo.

Caccini: claro que podia, filha. Você já não fez o quê tinha de fazer? - perguntou pegando ela no colo que me olhou de uma forma envergonhada - da oi pra tia aí - apontou pra mim.

Xxx: oi - sorriu e escondeu o rosto no pescoço do Caccini.

Giovanna: oi princesa - sorri - eu tenho que ir - olhei para ele saí o mais rápido que pude dali.

Ele realmente tem um filho,ou melhor,uma filha.

Assim como a gente queria ter.

Suspirei afastando aqueles pensamentos e peguei a chave do meu carro, destravei o mesmo e entrei.

Joguei a cabeça para trás tentando segurar a vontade de chorar e suspirei.

Giovanna: tá tudo bem, Giovanna. - respirei fundo - vai ficar tudo bem.

Eu tenho que esquecer ele,mas parece que em todo lugar que eu vou,ele está .

Olhei pelo retrovisor e vi ele saindo do cursinho junto da menininha, ficou olhando de um lado para o outro como se estivesse procurando alguém e depois negou e atravessou a rua e entrou no carro. 

Suspirei, tomei postura e dei partida no meu carro, indo direto para o hotel em que estou.

Comentem e deixem sua estrelinha, bjs!

química bandida. Onde histórias criam vida. Descubra agora