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Caccini:

Cheguei onde o jatinho já estava esperando e a chuva por aqui parecia está pior, desliguei o carro e fiquei encarando a Giovanna que não tinha falado mais nada desde a parada que ela deu para vomitar. 

Caccini: cê vai ter que ir pra São Paulo- passei a mão na cabeça e ela me olhou. 

Giovanna: por que? Eu não quero sair daqui. 

Caccini: pela sua segurança- ela negou- não complica as coisas. 

Giovanna: minha segurança? - riu - o que querem comigo dessa vez? - neguei e abri a porta do carro, saí e abri a dela também. 

Caccini: vamos logo- estendi minha mão e ela saiu do carro,parando na minha frente de braços cruzados enquanto a chuva caía na gente.

Giovanna: me fala logo o que tá acontecendo- fiquei calado e ela passou a mão no cabelo desviando o olhar- o que tá acontecendo, caccini? Por que eu tenho que ir pra outro estado?

Caccini: pela sua segurança, eu já disse- ela negou sorrindo e passou a mão no rosto- entra logo no jatinho, na moral - falei já perdendo a paciência. 

Giovanna: por que você não me conta a verdade? Só me diz o que tá acontecendo, eu só quero saber a verdade. 

Caccini: eles querem te matar e me matar, porra. O segurança que trabalhava pro neguinho quer vingar a morte dele,e para isso eles vão te usar para poder me pegar.

Falei dessa vez em um tom mais alto, só que na mesma hora eu me arrependi quando ela deu dois passos para trás e fechou os olhos. 

Passei a mão na cabeça ficando mais nervoso ainda, eu nunca tinha aumentado a voz para ela.

Caccini: desculpa- pedi assim que ela abriu os olhos e ela negou. 

Giovanna: então deixa eles me matarem, deixa eles me pegarem - falou alto também- sempre tem alguém querendo fazer alguma coisa comigo, sempre tem alguém atrás da minha cabeça, então deixa eles me matarem logo.  Eu tô cansada de sempre ter que está me preocupando com as pessoas que querem me matar. 

Caccini: para de falar esses bagulho, na moral- apontei sentindo me olho arder- eu não vou deixar ninguém mexer contigo.  - terminei de falar e começou a dar uns raios e a chuva piorar.

Giovanna: não adianta - colocou a mão no rosto- uma hora ou outra eles vão conseguir me pegar, e você não vai poder fazer nada.  Vai ter uma hora que você vai está no outro lado do mundo e eu aqui,e eles vão me pegar. Não adianta fugir da morte se ela é a única certeza que temos nessa vida. 

Fiquei encarando ela e senti meu coração acelerar quando ela começou a chorar, suas lágrimas estavam se misturando com a da  chuva e eu só sabia que ela estava chorando pelo seus soluços.  E foi aí que eu deixei uma lágrima cair.

Caccini: eu já mandei você parar de falar essas coisas- me aproximei- não importa se eu estiver do outro lado do mundo, eu vou vir te salvar. Nem que eu esteja lá na  puta que pariu,eu vou vim nem que seja a pé, mas eu vou vim te salvar.  E eu vou te esconder da morte, mesmo que ela seja a única certeza que temos da vida.

Falei segurando no rosto dela e deu um trovão mais forte, fazendo ela fechar os olhos e deixar outro soluço escapar. 

Soltei seu rosto e passei a mão no meu rosto, tentando afastar aquelas lágrimas.

Giovanna: eu só tô cansada disso tudo- falou baixo- desculpa- ia responder ela,mas escutei uma voz.

Morte: demora da porra, adianta aí,depois vocês conversam - virei encarando ele que tinha colocado só o rosto do lado de fora do jatinho. 

Giovanna encarou ele também e arregalou os olhos. 

Giovanna: Ma...Mar - vi seu corpo ficando mole e segurei ela rápido antes dela cair no chão. 

Caccini: filho da puta - encarei ele que passou a mão na cabeça rindo.

Segurei ela melhor nos meus braços e entrei no jatinho, coloquei ela deitada na poltrona e encarei ele.

Morte: desculpa, pô - riu - cês estavam demorando muito. 

Caccini: tu me paga - apontei pra ele que riu - vão direto pra chácara lá em São Paulo, sem parada - falei e ele concordou- me liga quando ela acordar. 

Encarei a Giovanna e já estava me virando para sair ,quando ele fez uma pergunta:

Morte: e se ela não acordar? - perguntou com um sorriso de lado.

Caccini: ai eu faço jus a esse teu vulgo idiota - respondi sério e ele soltou uma risada.  - filho da puta.

Neguei e sai do jatinho indo direto para o meu carro, entrei e fiquei observando ele decolar e quando ele já estava "voando " ,acelerei o carro e fui para o galpão da mata. 

Eles com certeza conseguiram me irritar ao máximo, principalmente depois de tudo que a Giovanna falou relacionado a ela mesma.

Comentem e deixem sua estrelinha, bjs!

química bandida. Onde histórias criam vida. Descubra agora