química bandida.

25.

Giovanna 🍃:

Parei em frente ao carro dele na maior raiva, sentindo meu coração acelerar cada vez mais e minha garganta dar um nó.

Fechei os olhos suspirando tentando não chorar agora. Eu só queria a minha casa e minha cama agora,só isso.

Vi ele se aproximar e destravar o carro,abri a porta de trás e entrei. Não queria sentar ao lado dele.

Caccini fez um sinal para os seguranças e depois entrou no carro , encostei minha cabeça na janela e fechei meus olhos, sentindo um misto de sensações tomar conta do meu corpo.

Por um momento eu só queria gritar. Gritar bem alto para liberar todos esses sentimentos de dentro de mim.

Eu queria muito conseguir acreditar nele. Mas como acreditar?

Como acreditar que a Joana não deu um beijo no pescoço dele? Como acreditar que ele não sabe como aquela marca foi parar ali?

Se fosse um tempo atrás eu até aceitaria isso. Aceitaria sem muitas perguntas e nem justificativa. Eu simplesmente iria aceitar ou fingir que aquilo não aconteceu.

Mas agora não.

Eu mudei. Não sou mais a menininha de antes que aceitava tudo de qualquer pessoa,e ficava quieta escutando calada. 

Caralho,eu amo muito o Caccini. Amo tanto que chega a doer.

Mas eu não posso ignorar isso,não posso fingir que eu não vi aquilo. Suas palavras pareciam verdadeiras,mas de alguma forma eu não conseguia acreditar totalmente.

O trânsito estava péssimo ,um engarrafamento sem fim. O que só resultou em ficar horas dentro desse carro.

Caccini: você não deveria desconfiar de mim - falou pela primeira vez desde que entramos no carro - nunca te dei motivos para isso.

Giovanna: se fosse ao contrário você também iria reagir desta forma - falei e ele virou olhando pra mim.

Caccini: tu sabe que não. Sabe que eu iria acreditar em você.

Giovanna: será que ia mesmo? - ele riu como se não tivesse acreditando - você ficou com uma pessoa que eu considerava amiga.

Caccini: mas eu não sabia - disse como se fosse óbvio - eu não iria transar com nenhuma amiga sua. Mesmo que a gente não estivesse mais juntos.

Giovanna: mas você transou, Marcos. E não foi só isso, você ainda engravidou ela e ainda por cima ela tá apaixonada por você,isso é uma coisa que ela nem sequer faz questão de disfarçar.

Caccini: foda-se ela. Foda-se se ela está apaixonada por mim. Eu não sinto nada por ela, exatamente nada - suspirou - você fala como se eu quisesse que ela tivesse engravidado de mim,fala como se eu quisesse ter um filho com ela.

Giovanna: e eu vou lá saber? As coisas mudam, né isso? As pessoas mudam. Assim como ela mudou,porque quando éramos amigas ela nem era assim,ou era eu que era a tola que acreditava na boa moça.

Caccini: e por que tá brigando comigo? Ela que era a sua amiga e provavelmente ela sabia da gente naquela época,eu que não lembrava dela. Isso também poderia ter acontecido com você,nesse meio tempo você também poderia ter engravidado de alguém.