81..

2.4K 198 22
                                    

Caccini 🌀:

Não dava para acreditar.

Aquilo tudo estava parecendo um sonho, um delírio. Sei lá, mas não parecia real.

Como assim ele estava ali? Não tem como. Ele morreu, eu lembro, lembro de todo o sofrimento da minha mãe e da minha irmã, lembro de tentar ser forte por elas e chorar só quando estava sozinho,sem elas por perto.

E como ele estava agindo como se aquilo fosse normal? Essa porra não é normal, foram 15 anos sem ele aqui,então essa porra não é normal.

Monalisa: pai,quem era aquele? - perguntou sem entender e a Giovanna sem entender mais ainda. - o que aconteceu com minha mamãe?

Caccini: ele...- passei a mão na cabeça- não sei. - neguei e logo o Vittorio chegou do nosso lado.

Vittorio: ele voltou- falou com um sorriso- devemos ficar felizes,não é mesmo?

Não respondi ele ficando calado e logo o Nelton apareceu também,olhei para ele para saber se ele sabia daquilo.

Nelton: ele vai explicar- neguei não acreditando- tu vai entender.

Caccini: quem mais sabia? - ele negou- minha mãe sabia?

Nelton: ninguém sabia, só eu e o Dino. Mais ninguém- concordei desviando o olhar.

Caccini: podem ir,acabou a festa - falei alto e foram saindo, só ficando o Nelton- você sabe, pode meter o pé.

Nelton: Marcos- neguei e virei as costas saindo dali e entrando dentro de casa, indo direto para o quarto que era meu.

Bati a porta com força e senti o ódio subindo. Eles sabiam, sabiam que meu pai estava vivo e nunca me falaram, eles viram tudo que eu e minha família passou e mesmo assim não falaram nada.

Senti meus pés formigarem e passei a mão no nariz,só queira descontar minha raiva em algo.

Fui em direção a mesa de cabeceira que tinha ali e tentei achar alguma coisa para desestressar,mas não tinha nada além de papéis. Soquei a parede sentindo meu coração acelerar e meu olho começar a arder, até escutar a porta abrindo e logo em seguida a voz dela,mas eu não queria virar.


Giovanna: amor- me chamou e não virei, eu sabia que se virasse não ia aguentar e eu não queria que ela me visse assim.

Escutei seus passos se aproximando e bati a testa na parede, sentindo todo o meu corpo tremer.

Giovanna: olha pra mim,amor - tocou nas minhas costas e neguei- eu tô aqui, só quero te ajudar.

Caccini: não tem como ajudar- falei apertando minha mão e minha voz saiu rouca.

Ela ficou calada, mas logo senti seu abraço por trás e sua barriga encostar nas minhas costas.

Soltei um suspiro e meu corpo relaxou um pouco com seu abraço e quando senti um chute. Virei para ela que me olhava preocupada e neguei com a cabeça, fazendo ela me abraçar do jeito que dava.

Giovanna: eu não quero te ver assim- falou baixo- a gente não quer te ver assim- se separou me olhando no olho- ele deve ter uma boa explicação para tudo isso.

química bandida. Onde histórias criam vida. Descubra agora