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Caccini 🌀:

11 de dezembro;
Quarta-feira -18:21PM

Pô,já tava agoniado escutando minha mulher gritar agoniada e apertando minha mão enquanto o médico falava que já estava vendo a cabeça, já tem uma hora que ele fala isso.

Que cabeça é essa que já tem uma hora que ele fala que já viu a cabeça e que a cabeça já estava saindo?

Porra, quem já estava se estressando era eu e para piorar parece que a Giovanna vai arrancar minha mão e meu braço fora,só pela força que ela tá apertando.

Giovanna: não vai,não vai - gritou negando enquanto chorava- eu não quero mais,não quero - se fosse em outra ocasião eu iria rir,mas ela já estava chorando real.

Caccini: pô, minha nega,tu tem que conseguir.  São os nossos pivetes - falei e ela negou.

Giovanna: não vai,não sai. Eles não querem sair - negou apertando minha mão com força- amor,não vai. Eu não consigo- negou fechando os olhos.

Médico: solo un po' più di forza, mamma - falou nos olhando e escutei a Giovanna xingar bolada.
(só um pouco mais de força, mamãe).

Caccini: tô aqui contigo, amor. Tu é forte - falei tentando soltar meu braço que já estava ficando dormente na mão dela,quando ela fez mais força me apertando e gritando em seguida.

4 horas depois...

Já eram 22:30 da noite e até agora nada, estamos na mesma e a Giovanna já estava estressada,cansada e com raiva de mim.

E nem me pergunte o porquê, porque eu não sei.

Vi os médicos se afastaram um pouco e conversarem entre si,logo em seguida vindo na nossa direção. 

Médica: acabou ocorrendo um erro médico, mas já vamos resolver isso. - a médica,que chegou aqui já tem uma hora mais ou menos, falou.

Ela era brasileira.

Caccini: qual foi do erro? - perguntei já nervoso e a Giovanna me olhou com o olhar cansado.

Médica: acabaram não fazendo o corte certo nela,mas já foi cuidar disso e ficar oficialmente de frente do parto nela - ergui a sobrancelha- vai dar tudo certo.

Ela falou e explicou umas coisas a Giovanna, falando em seguida que iria fazer um corte um pouco maior para ter mais espaço e facilitar mais.

Depois que ela fez isso lá fomos nós de novo para o sofrimento.

Médica: vamos lá, mãezinha,estamos confiando no seu potencial- falou e a Giovanna me olhou já querendo chorar.

Caccini: tu é forte,por isso eu me apaixonei por você- falei e ela riu de lado começando a fazer força.

Giovanna: tá doendo- falou baixinho depois de um tempo fazendo força- não sei se vou conseguir.

Caccini: claro que vai, ou tu quer continuar com a barriga grande sem poder fazer nada sozinha- falei o que ela reclamava por ter a barriga tão grande.

química bandida. Onde histórias criam vida. Descubra agora