Martina:
3 meses depois...
Te perder foi como levar uma facada no peito. Descobrir que você realmente se foi,foi como levar duas facadas no peito.
Ver a nossa filha,a nossa lisa chorar e se culpar,foi como está se afogando no mar.
E sabe o que é mais engraçado?
Eu nunca levei uma facada, muito menos me afoguei. Mas com todos os relatos que já escutei de pessoas que levaram uma facada no peito e sobreviveram,eu sei que a dor que senti e sinto até hoje é parecida, às vezes até pior.
A dor de acordar e não te ver mais ao meu lado. A dor de não te ver cozinhando para a gente,para a nossa família.
A dor de não te ver mais brincando com a nossa filha. A dor de não ver você fazendo todos os gostos dela, mesmo eu falando que não era para fazer porque ela estava de castigo.
A dor de não ver mais um sorriso verdadeiro e puro no rosto da nossa filha.
E a dor de saber que estou grávida e não te ter aqui comigo,de não ver o seu sorriso quando eu contasse que você ia ser pai novamente.
Amor,tá doendo tanto não te ter aqui ao meu lado.
Eu tô tentando ser forte pelos nossos filhos,mas está sendo tão difícil continuar sem você.
Continuar sem a nossa rotina,sem os seus " eu te amo, gostosa" ,sem as suas palavras de afirmação falando que ia dar tudo certo e que eu ia conseguir.
Eu só queria você aqui comigo. Eu só queria o seu sorriso. Eu só queria ver você. Só isso.
Será que é pedir muito?
Será que é pedir muito ter a minha família de volta?
Por favor,amor,me dê forças de onde quer que você esteja.
Daqui a alguns dias já vai ser o aniversário de 4 anos da nossa lisa e você não vai está aqui para comemorarmos juntos.
Eu não sei se vou fazer alguma festinha,na verdade, nem sei se ela vai querer.
Porque vai faltar você aqui como nos outros anos. Sem você mais nada faz sentido.
Eu preciso de você,nossa filha precisa de você,nossos filhos precisam de você. Quando você vai voltar, hein?
Eu ainda tenho a esperança de que você vai voltar,por mínima que seja,eu ainda tenho e espero que isso não seja só um sonho.
Monalisa: mamãe? - escutei a voz da lisa do outro lado da porta e em seguida ela abrir e entrar.
Enxuguei minhas lágrimas rápido e olhei para ela que estava com os olhos cheios de lágrimas também,e subiu na cama.
Martina: o que foi,meu amor? - puxei ela para o meu colo - já era para você está dormindo,já está tarde. - falei passando a mão no cabelo dela que deitou a cabeça no meio dos meus peitos.
Monalisa: eu sonhei com o papai - falou e senti meu coração apertar - quando ele vai voltar? Eu sinto falta dele - levantou o rosto e vi que ela já estava chorando também.
Martina: eu não sei ,meu amor - enxuguei minhas lágrimas tentando ser forte por ela - mas vai ficar tudo bem,tá bom?
Monalisa: por que ele não podia ser um anjo aqui na terra? - fungou - ele já passou muito tempo com o papai do céu, por que ele não volta agora?
Martina: talvez ele ainda precise ficar lá - enxuguei o rosto dela que estava descendo mais lágrimas - só temos que orar para ele ficar bem de onde quer que ele esteja.
Monalisa: eu sinto falta dele - falou ainda chorando e me abraçou mais para ela - promete que não vai me deixar também? Nem a senhora, nem o pai Marcos,nem a tia Giovanna e nem a vó Maitê?
Martina: sempre vamos te proteger - beijei a cabeça dela e senti minhas lágrimas descendo. - você e seu irmãozinho.
Senti ela soltar um soluço e concordar, logo colocando a mãozinha dela na minha barriga.
Fiquei balançando ela no meu colo que ainda chorava e fazia carinho na minha barriga. Eu estou de 4 meses,mas ainda não sei o sexo e é por escolha minha mesmo.
Ainda não tomei coragem e nem consigo saber o sexo do bebê, talvez porque ainda falte uma pessoa aqui, ainda falta o meu amor.
Eu sei que posso estar me iludindo,mas eu ainda sonho que ele vá voltar. Ainda sonho que ele vai passar por aquela porta com um sorriso no rosto.
Talvez eu ainda pense assim porque não chegamos a enterrar ele. Não recebemos o corpo,só a notícia que tinham matado ele.
Só a notícia e uma foto de um corpo cortado em vários pedaços. Aquilo me doeu tanto,e talvez por isso eu ainda me iluda achando que ele está vivo.
Mas isso é impossível,ainda mais sendo os Schiller. Eles não iriam perdoar.
Mas eu tento me convencer que ele está vivo em algum lugar desse mundo, pensando assim essa dor acaba doendo um pouco menos.
É só uma forma de fugir dessa realidade tão dolorosa,dessa realidade tão cruel.
Baixei meu olhar vendo que a lisa já tinha dormido e fui colocando ela na cama aos poucos para não acordar.
Levantei indo até o banheiro e tomei banho para ver se esse peso saí um pouco de mim, depois de tomar banho fui até o closet e peguei uma roupa qualquer da minha parte.
Fiquei olhando para a parte que é do Martins e suspirei fundo abrindo,olhei todas as roupas dele ali e acabei dando um sorriso vendo uma foto nossa.
Nesse tempo eu ainda estava grávida da lisa, saudades desse tempo. Do nada me veio à mente uma caixa que tem várias fotos nossas e da lisa.
Comecei a procurar ela e quando estava já desistindo, lembrei do fundo falso. Me abaixei e tentei abrir ele que estava um pouco difícil,mas depois de algumas tentativas, consegui.
Vi que tinha uns papéis soltos,mas deixei de lado pegando a caixa onde estava as fotos.
Assim que abri,de começo dei logo de cara com um papel,na verdade,com um envelope. Na parte de cima dele estava escrito: " pode pegar, sei que você está curiosa para saber o que é."
Soltei um sorriso e senti meus olhos arderem. Peguei o envelope e fui abrindo ele aos poucos, sentindo meu coração errar as batidas e minhas mãos tremerem.
"Oi,preta
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química bandida.
Fanfictiono amor não tem meio termo,ou ele te salva ou ele te destrói. Continuação de: obstinada ao erro plágio é crime!!!