química bandida.

19.

Giovanna 🍃:

Acordei do nada no meio da noite e já me deu uma fome. Tirei o braço do Marcos da minha cintura aos poucos para ele não acordar e levantei indo atrás do lanche que ele tinha comprado mais cedo.

A sacola estava na mesinha, abri e era dois X - tudo. Sorri pegando um, pronta para comer, mas estava frio.

Caccini: tem guaraná no frigobar - levei um susto quando escutei sua voz e virei vendo ele sentado na cama me encarando.

Concordei sem olhar para ele e fui até o frigobar,peguei a latinha e virei para voltar para a mesa quando me deparei com ele bem na minha frente.

Giovanna: puta merda, Marcos - fechei os olhos por causa do susto e coloquei a mão no peito sentindo meu coração acelerar.

Caccini: vai ficar assim? - olhei para ele que estava de braços cruzados.

Giovanna: assim como? eu estou normal.

Caccini: não, não está - suspirei e voltei para mesa - eu te conheço, Giovanna.

Giovanna: é,eu sei - olhei para ele que ainda estava sério.

Caccini: a culpa não é minha,tá bom?

Giovanna: eu não estou falando nada.

Caccini: por isso mesmo - cruzou os braços - eu não queria que isso acontecesse. Eu também fui pego de surpresa.

Giovanna: era só ter usado proteção - falei sem nem perceber.

Caccini: e tu acha que eu não usei? - fiquei calada - eu não ia transar com ela sem camisinha. Eu usei proteção.

Giovanna: pelo visto não adiantou - dei de ombros - e vocês podem muito bem ter esquecido de usar algum dia.

Caccini: eu não sou maluco de transar sem camisinha - ri e olhei para a latinha na minha mão - só com você.

Giovanna: eu não quero falar sobre isso - falei e ele suspirou.

Caccini: temos que falar sobre isso.

Giovanna: mas eu não quero - olhei para ele - se pra você é de boa falar sobre isso agora, tudo bem. Mas para mim não é.

Caccini: e você vai ficar me tratando estranho?

Giovanna: eu não tô te tratando estranho.

Caccini: claro que tá - falou passando a mão no rosto - tu mal tá olhando pra mim e até o seu tom de voz para me responder está diferente.

Giovanna: o que você mais quer que eu fale? Não acha que o principal eu já falei que é para o bebê vir com saúde?

Caccini: eu só não quero que você fique estranha comigo.

Giovanna: eu não estou estranha. Só não tem como eu ficar pulando de alegria com uma notícia que eu ainda estou tentando digerir. Era um sonho nosso. - falei sentindo meu coração acelerar.

Caccini: aconteceu e eu não posso fazer mais nada agora.

Giovanna: nem eu, Marcos. Eu não posso fazer nada, exatamente nada. - suspirei.

Caccini: e a gente? - me olhou - como que fica?

Giovanna: eu não sei - dei de ombros sentindo meus olhos arderem - eu realmente não sei e também não tem como discutir isso agora. Vamos esperar o teste que você disse que ia fazer.