50.

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Giovanna 🍃:

Suspirei entrando no postinho e vendo que estava bem movimentado, cheio de gente no corredor e a maioria chorando.

Senti meu coração apertar e meus olhos encherem de lágrimas. Isso é tão triste que chega a doer no peito.

Procurei por algum médico para saber qual quarto o Marcos estava,até ver uma médica vindo na mesma direção que a minha.

Giovanna: oi,bom dia - sorri - gostaria de saber o quarto que está o Marcos.

Xxx: Marcos? - perguntou confusa e concordei. - poderia dizer o nome dele completo?

Concordei e falei o nome dele,ela foi olhar nas fichas e depois de um tempo falou o quarto que ele estava.

Xxx: vai direto e vira a esquerda, segunda porta - concordei.

Giovanna: obrigada - sorri simpática para ela e segui o caminho.

Estava me mantendo tranquila porque falaram que não foi nada demais,mas eu só iria saber mesmo vendo ele.

Cheguei na frente do quarto e bati na porta entrando, tinha algumas pessoas na maca e creio eu que os familiares deles também. Fui procurando o Marcos com o olhar,até encontrar ele deitado na cama ,sem camisa e de cara fechada.

Giovanna: achei que ia ficar viúva - brinquei e ele me olhou.

Caccini: tá maluca? - riu negando - vai nessa que eu vou te deixar aqui pros outros ficarem de cobiçando - revirei os olhos sorrindo e dei um selinho nele.

Giovanna: como você tá? - perguntei passando os dedos no rosto dele e olhei para o curativo que estava um pouco acima do peito dele.

Caccini: quero ir embora logo daqui - resmungou - povo chato falando que tenho que ficar de repouso,eu tenho é que ir resolver minhas coisas. Isso daqui não foi nada demais.

Giovanna: nada demais - encarei ele - se aquieta, vai - Marcos negou e passou a mão na cabeça - quer vestir uma blusa?

Perguntei e olhei para a cicatriz na barriga dele,voltei meu olhar para ele que me olhava sorrindo e negou.

Caccini: deixa olharem - falou debochando e encarei bem ele que soltou uma risada.

A pior coisa é um homem debochado e que gosta de provocar, chega da raiva. E parece que de uns tempos pra cá o Marcos vem me testando.

Giovanna: vou nem falar nada contigo - respondi ele e fui pegar uma cadeira vazia para sentar. Voltei sentando e ele ficou me encarando. - que foi? Tá sentindo alguma coisa?

Caccini: tô pensando - falou passando a mão na cabeça - a mulher do lobão morreu - suspirei  concordando.

Giovanna: fiquei sabendo que ele tava na hora que ela morreu e que o filho deles também.

Caccini: deve tá sendo foda pra ele - concordei passando a mão no rosto dele - colocar mais seguranças pra você- falou depois de um tempo e eu já neguei. 

Giovanna: nem vem - neguei - já não basta os de lá do prédio e os que sempre me acompanham pra onde eu vou. 

Caccini: é pra tua segurança, cara- falou e eu suspirei. 

química bandida. Onde histórias criam vida. Descubra agora