(Vol. VII) Ano IV p.e. ⎥ Trincheira.

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O CHAVEIRO EM MINHAS MÃOS se tornou a única companhia durante aqueles poucos dias

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O CHAVEIRO EM MINHAS MÃOS se tornou a única companhia durante aqueles poucos dias. Bem, não era como se eu não tivesse recebido algumas visitas para saber como eu estava, ou para me trazer notícias do que estava acontecendo do lado de fora, ou para entregar a comida. Mas era eu quem não estava disposta a conversar dentro daquela cela. Os ouvindo sem dizer uma palavra.

Não me surpreendia o fato de Rick ainda não ter aparecido para me encarar. Talvez, por estar recolhido em sua dor, ou talvez, por não conseguir me olhar nos olhos novamente. Mas era assim que era. Ele havia me sentenciado e simplesmente desistido de conversar. E, por um lado, isso era bom. Deixar respirar.

De todas as maneiras que eu poderia descrever para alguém como o meu coração estava, naquela manhã tudo pareceu ainda mais desesperador. Afinal, eu nem se quer sentia alguma sensação em meu peito. Foi como se tudo tivesse morrido devagar até não existir mais nada. Nada além de um vácuo profundo, sugando todo tipo de coisa para dentro da escuridão em minha alma.

O nome Dennis no chaveiro me fazia questionar se Tara havia voltado da sua viagem. Provavelmente não. A garota não seria impedida de vir até aqui me ver assim que soubesse. Assim como eu sabia que ela me ajudaria a sair dessa quando descobrisse os motivos. E eu desejava ainda mais que ela estivesse bem, em qualquer lugar que ela estivesse naquele momento. Desejava que ela voltasse logo para casa.

Mas, além disso, aquele nome pequeno e simples me fazia pensar ainda mais no Dixon sendo mantido como prisioneiro daqueles malditos Salvadores. Imaginando o que ele estaria passando em algum lugar lá fora. E por quanto tempo ele aguentaria aquela situação. Se nós nos reencontraríamos novamente, ou se eu teria que me acostumar com a vida longe de quem havia me feito tão feliz.

Não.

Chegava a doer em meu estômago e prendia os meus pulmões. Pensar assim me destruía por dentro.

"Não", repeti em minha própria mente quando apertei os meus olhos com força.

A bainha de couro vazia permanecia jogada no chão junto com o meu cinto. Cinto esse que já havia se transformado em uma tira de couro sem utilidade, afinal, eu havia conseguido arrancar a fivela metálica retangular que o fazia se prender ao corpo. Utilizando aquela fivela como a minha única ferramenta disponível para tentar abrir aquele cadeado.

As pontas dos meus dedos já estavam cortadas e doloridas, mas eu me movi rápido em direção ao portão novamente. Me ajoelhando na frente do mesmo e voltando ao meu trabalho árduo de tentar abrir aquele cadeado com o pedaço de metal improvisado e retorcido. Lutando com toda a minha sanidade apenas desejando ouvir um único "clique" tão simples.

Mas o cadeado ficava pelo lado de fora, de uma forma muito ruim para abri-lo e, por algum motivo, eu simplesmente não conseguia. Por mais que eu tivesse todos os conhecimentos para isso, ou tentasse com toda a minha esperança. Talvez ter passado tanto tempo sem grandes preocupações tenha me deixado molenga demais.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora