STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking Dead

(Vol. VIII) Ano VI p.e. ⎥ Torturado.

— O QUE ESTÁ ACONTECENDO? — Fomos interrompidos pela pergunta cansada e urgente de Rosita assim que ela chegou na porta daquele cômodo também.

Rosita segurava a sua arma fortemente em mãos e começou a abaixá-la assim que percebeu que apenas nós dois estávamos ali dentro. Além disso, Eugene estava logo atrás da garota, segurando o que me pareceu um ancinho de lavoura e Laura também tinha uma arma em mãos quando todos se acumularam na porta para verem.

Todos completamente suados e com o rosto vermelho enquanto respiravam fundo.

— Viemos correndo do milharal assim que ouvimos a comoção. — Eugene explicou o estado decadente e cansado de todos quando ele abaixou o ancinho encostado ao lado do corpo, começando a se tranquilizar o suficiente para descansar e puxar o fôlego.

— O que é isso? — A Espinosa apontou para as fotos coladas na parede quando tentou se aproximar, porém, foi interrompida pela surpresa de pisar em vários cacos plásticos do rádio parcialmente destruído, a fazendo parar e analisar o chão primeiro.

— Vocês não precisam ver isso, mas são fotos tiradas por Negan quando ele atacava as pessoas. — Lembrei do fato de Abraham estar no meio daquele mural bizarro e comecei a puxar todas as fotografias com rapidez, antes que Rosita pudesse vê-las e se magoasse mais uma vez pelo seu passado com o sargento. — Alguém está nos provocando de novo. — Resumi quando finalmente consegui recolher todas as polaroides.

— Isso foi feito pra nós? — Laura observou todos os lados do cômodo quando também entrou e tomou o lugar perto do nosso, deixando a sua arma de volta ao lado do corpo enquanto eu guardava as fotos no bolso traseiro da minha calça.

Era realmente muito peculiar perceber que a garota tatuada se incluía como uma de nós em sua frase tão espontaneamente. Como se ela se sentisse fazendo parte do nosso grupo de um jeito sincero.

— Isso foi genial. — Eugene comentou ainda da porta e nós o encaramos com olhos semicerrados de descrédito. — Digo, alguém realmente ligou todos os alto-falantes da fábrica inteira no rádio sem ser visto, ou percebido. — Explicou dando de ombros com conformismo.

— Por que alguém se daria ao trabalho de fazer tudo isso só por querer Negan de volta? — Rosita questionou abrindo os seus braços e mostrando todo o cenário ao nosso redor com confusão quando sacudiu a cabeça em negativa. — Isso não ajuda em nada. Não faz sentido. — Apontou um pouco irritada.

— Nós não achamos que essa seja uma forma de protestar pela liberdade do Negan. — Rebati mostrando-me cautelosa ao chamar a atenção de todos até mim e encará-los apoiando as mãos nos quadris. — Acho que eles estão interessados em Daryl. Tentando provocá-lo. — Gesticulei com a cabeça para o homem silencioso que ainda absorvia as informações de forma pensativa.

O Dixon assentiu em concordância e começou a se mover de um lado para o outro como se isso o fizesse pensar melhor. E o nervosismo parecia preencher as suas veias com inquietação assim que os seus olhos vasculharam através do ambiente, procurando por meios que nos levassem à algum lugar.