(Vol. VII) Ano IV p.e. ⎥ Iminente.

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ASSISTI A MANHÃ CHEGANDO silenciosamente sem qualquer vontade de me mover

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ASSISTI A MANHÃ CHEGANDO silenciosamente sem qualquer vontade de me mover.

Aos poucos, o ambiente escurecido do meu quarto mudava gradativamente para um pequeno tom azulado e tímido, como uma luz prata, até finalmente se tornar levemente alaranjado pelo sol nascendo no horizonte além das minhas cortinas.

Estava acordada já fazia algum tempo, mas não tive vontade de me levantar inicialmente. Apenas fiquei encarando, de forma silenciosa, o pequeno quadro com moldura dourada, ainda pendurado ao lado da porta fechada do meu quarto. Pensando em muitas coisas que não me deixavam relaxar.

Tal moldura adornava a imagem adorável das ovelhas no pasto. Uma pintura a óleo dada de presente por um amigo de Hilltop e que agora parecia levemente arruinada pelo rasgo grosseiro sobre a tela grossa de tinta. Rasgo feito pela lâmina de algum dos Salvadores e que Tara havia tentado restaurar adoravelmente com fita adesiva.

Virei o meu corpo em direção ao teto e apoiei minhas mãos sobre a barriga assim que o quarto se iluminou um pouco mais, permitindo que a luz da manhã entrasse pelas finas cortinas levemente abertas. E um suspiro completamente frustrado escapou por meus lábios.

Não gostava de me sentir assim. Na verdade, não queria mais me sentir daquele jeito. Mas, era completamente desesperador, pois, eu não fazia a menor ideia de como consertar, já que não fazia ideia do que estava errado comigo.

As emoções iam e viam de maneira quase desesperada como uma onda. Era como ter o meu corpo tragado pela irritação, jogado contra as pedras com a impotência de não poder se segurar e novamente ser puxada para um redemoinho de emoções de novo. Eu não fazia ideia se isso era "culpa dos hormônios", ou não, mas a verdade era que eu queria que tudo parasse.

O colchonete de acampamento havia tomado o lugar da minha enorme cama de casal. Eu sabia o que havia acontecido. Os Salvadores haviam tomado tudo o que acreditaram que nos subjugariam um pouco mais. Entretanto, no fundo aquilo nem parecia tão importante para mim. Depois de comer ração para cachorro e dormir presa a um tubo de ventilação por tantos dias, dormir no chão não significava nada.

Não significava nada porque eu sabia muito bem qual era o meu lugar.

Sentei sobre aquele colchonete forrado por um edredom e encarei a porta fechada do quarto de maneira quase suplicante. O meu coração estava no lugar certo. A minha mente estava no lugar certo.

Não era justo ainda sentir coisas fora do lugar.

A nossa situação era difícil. A minha situação era complicada. Mas o nosso amor e a nossa lealdade nunca foram uma mentira. Nunca.

Eu nunca desistiria enquanto me sentisse dessa forma. Era isso o que eu havia dito há meses... há anos atrás. Nós seriamos capazes de superar qualquer coisa e eu nunca menti sobre isso. Nós iríamos. Pelo menos até que um de nós desistisse de tentar.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora