O DIA JÁ HAVIA VIRADO NOITE do outro lado daquele telhado envelhecido acima da minha cabeça. As horas se passaram de forma melancólica até que eu conseguisse me sentir voltando para a realidade novamente. Afinal, reencontrar todas aquelas pessoas e entrar em minha própria casa se tornou um evento quase épico. Mesmo encontrando uma paisagem tão diferente dentro do lugar.
Tara havia feito uma cortesia após voltar para Alexandria e não ter me encontrado. Ela realmente tinha esperanças de que eu voltaria para aquele lugar algum dia. E por isso, a garota havia recolhido todos os móveis que haviam sido danificados pela invasão de Simon. Deixando que as poucas coisas que sobraram ficassem em seus lugares. Demonstrando, pra mim, uma casa muito mais vazia do que eu me lembrava, mas ainda aconchegante depois de tanto tempo longe.
Além disso, a Chambler ainda não havia me deixado sozinha desde quando chegamos. Às vezes perguntando sobre o que eu havia comido e há quanto tempo, ou então apenas querendo saber como eu estava me sentindo enquanto conversávamos. Essa era uma sensação maravilhosa. Sentir que alguém realmente se importava fazia os meus medos serem esquecidos por alguns instantes. Não que os outros não se importassem, mas de fato, compartilhar coisas com Tara era especial para mim.
E, no fundo, nós estávamos apoiando uma à outra.
Abri a porta retangular do armário acima da pia e guardei dentro do objeto aquela travessa com muito cuidado enquanto jogava a flanela de louça sobre o meu ombro direito. Poucas haviam sobrado.
Tara estava sentada em um dos banquinhos na ilha de mármore no centro da cozinha bem atrás das minhas costas. Uma das poucas coisas que o meu pai não havia conseguido destruir. E a sua postura meio de perfil sobre aquele banquinho fazia a sua pose um pouco desleixada parecer apenas uma conversa de bar enquanto ela apoiava um dos cotovelos sobre o balcão.
— Bom, de acordo com isso aqui... — A garota segurava o livro para gestantes aberto diante dos seus olhos e sobre o balcão. O segurando com as duas mãos para que não se fechasse. — Você não pode beber refrigerantes... consumir cafeína... hãm... pular de uma tirolesa...
— Tirolesa? — Questionei rindo quando me virei em sua direção segurando alguns talheres até a gaveta próxima da pia, na parte de baixo, e os guardando.
— É... E nem andar a cavalo com muita frequência. — Acrescentou arqueando as sobrancelhas expressivas demonstrando um espanto muito fingido e sarcástico.
— Cara, faz muitos anos que eu andei à cavalo. — Lembrei quando comecei a secar aquela pia usando a flanela puxada de cima do meu ombro quando voltei a virar as minhas costas para a Chambler.
— Pois é, eu também. — Ela respondeu fechando aquele livro com tédio. — Mas, do jeito que as coisas estão, cavalos serão o único meio de transporte. — Reclamou quando empurrou o livro para um pouco longe de suas mãos. — Não conseguimos mais achar combustível em quilômetros! — Alegou frustrada e respirando fundo.
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STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking Dead
Fanfiction+18 ● 𝐒𝐓𝐈𝐍𝐆 [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈𝐈] ● ⎢ ❝𝐂𝐇𝐄𝐆𝐎𝐔 𝐀𝐎 𝐏𝐎𝐍𝐓𝐎 em que todos os vivos são fortes. ❞ ⎢ 𝐀 𝐕𝐈𝐃𝐀 𝐄𝐌 𝐀𝐋𝐄𝐗𝐀𝐍𝐃𝐑𝐈𝐀 não poderia estar melhor, até o momento em que o ataque ao posto avançado dos Salvadores se torna uma...