(Vol. VII) Ano IV p.e. ⎥ Égide

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NÃO FAZIA IDEIA DE QUANTAS HORAS já haviam se passado naquela escuridão

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NÃO FAZIA IDEIA DE QUANTAS HORAS já haviam se passado naquela escuridão. Era muito difícil perceber a passagem de tempo quando os seus olhos não podiam ver absolutamente nada.

A única coisa que me preocupava no momento, dentro da cela imunda e mofada, era o fato de não saber como escapar do meu destino logo pela manhã. O meu tempo estava acabando...

Permaneci sentada com as minhas costas contra a parede enquanto abraçava os meus joelhos. Imaginava o que Daryl estava fazendo naquele exato momento. Formulando planos? Se culpando como o inferno, como sempre?

Tudo o que eu mais desejava era poder ver o seu rosto mais uma vez. E impedir que ele presenciasse o meu corpo morto dentro daquela maldita caixa.

Aquilo o quebraria de novo. Eu sabia disso muito bem.

Se houvesse alguma coisa que eu pudesse fazer... Se houvesse uma forma de simplesmente salvar o meu filho, mesmo sabendo que era praticamente impossível. E era isso o que me desesperava com mais intensidade. Me fazia sentir como se eu fosse a pior mãe do mundo.

O som suspeito e metálico surgiu como um assombro estranho. Me fazendo mirar o olhar em todas as direções e não conseguindo ver nada. Apenas o infinito sombrio como um grande buraco.

Uma pequena faixa de luz pareceu surgir através de uma fresta como um fantasma. Uma luz prateada e enevoada enquanto a porta daquela cela parecia se abrir lentamente para não causar nenhum ruído.

Queimou os meus olhos como faíscas. Minhas retinas se contraíram e precisei levar uma das mãos até a altura do que me pareceu ser uma estranha lanterna presa no alto da cabeça de alguém. E o meu visitante suspeito conseguiu disparar o meu coração assustado em questão de segundos.

Vi a silhueta do braço daquele fantasma se levantando até a altura do seu rosto, pronto para virar aquela lanterna em sua testa em direção ao teto e iluminar tudo como uma luminária bizarra. Mas me deixando reconhecer o rosto cheio e inexpressivo de Eugene em questão de segundos.

— Oh, puta merda! — Xinguei como um chiado assim que o homem voltou a fechar aquela porta com rapidez. — Eugene? — Perguntei ainda sem acreditar.

— Shhhhh! — Ralhou quando se afastou da porta e veio em minha direção parecendo segurar alguma coisa pesada em sua outra mão. Um saco ou uma mochila. Ainda era sombrio demais para identificar.

O homem se abaixou em apenas um dos joelhos bem a minha frente, ainda apontando a sua lanterna em direção ao teto enquanto eu apontava os meus olhos chocados em sua direção. E as lembranças do seu destino incerto vieram até a minha mente como um tiro no escuro.

Eugene havia nos traído e se unido ao Negan para se tornar um dos Salvadores. Então por que diabos ele estava exatamente ali bem em minha frente, parecendo preocupado e aflito?

— Mas que porra 'tá acontecendo com você? Se unindo a esses desgraçados assim?! Você enlouqueceu, seu babaca? — Briguei sussurrando baixo assim como a madrugada nos obrigava.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora