(Vol. VII) Ano IV p.e. ⎥ O que for preciso.

785 74 101
                                    

— DEZ MINUTOS

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

DEZ MINUTOS. — Daryl avisou quando parou os seus passos no meio daquele bosque e, consequentemente, fez todos pararem também. — Dez minutos e então continuamos. — O caçador explicou mais uma vez enquanto voltava pelo mesmo caminho que nós fazíamos e continuava com o seu repetitivo trabalho em apagar os nossos rastros.

Todos nós começamos a procurar por lugares de fácil acesso que fosse possível sentar e descansar. Suspiros aliviados foram ouvidos quando meus olhos percorreram todo o cenário, observando os residentes de Alexandria sentando-se sobre troncos, pedras e pequenos morrinhos de terra, mas sempre próximos e unidos.

Mesmo diante do cansaço evidente, alguns se propuseram a ficar de guarda ao nosso redor. Vigiando possíveis caminhantes zanzando de maneira trôpega entre a neblina da manhã tão silenciosa, além de se tornarem alertas para qualquer ameaças que pudessem surgir enquanto revezavam o horário de descanso.

Entretanto, o meu olhar um pouco cansado acabou recaindo sobre Tara mais uma vez. A garota emburrada tinha as maçãs do rosto levemente coradas pelo cansaço, assim como o seu cabelo escuro suando nas raízes, e apesar dos seus olhares de desdém e ódio em direção a Dwight, ela não saía de perto dele nem por um momento.

E não era com a segurança dele com o que ela estava preocupada.

Sabia que o melhor naquele momento era simplesmente deixá-la mastigar a própria dor até que o gosto ruim saísse de suas emoções. Assim como tinha plena certeza de que uma hora nós deveríamos conversar de novo. Afinal, eu não desistiria de uma amiga por culpa de um momento de luto difícil. Mas, lhe daria todo o espaço... ou universo... que ela tanto almejava naquele momento.

Meus julgamentos me fizeram afastar pequenos passinhos em direção a um enorme tronco de raízes expostas que parecia se tornar um lugar perfeito para apoiar as costas, como um sofá. E tratei de examinar minuciosamente todos os arredores daquele local, afim de não ser pega de surpresa por algum caminhante. Mesmo tendo a certeza de que Rosita e Daryl estavam praticamente fazendo uma limpeza naquela trilha enquanto caminhavam à nossa frente.

Sentei sobre as raízes e puxei os meus joelhos para apoiar os calcanhares firmemente no chão. O local não ficava muito distante do círculo desfigurado em que os outros do grupo haviam sentado. E então comecei a desamarrar os cadarços de um único coturno em meus pés.

Retirei o sapato e o deixei sobre as raízes enquanto observava as meias surradas. Não sabia exatamente o estado dos meus dedos, mas tratei de massageá-los um pouco tentando me livrar da sensação entorpecida e dolorosa da cãibra. Sentindo um conforto reduzir levemente o incômodo que estava presente.

— Hey... — Ouvi Daryl chamar em um tom mais baixo quando os seus passos vieram em minha direção após a sua verificação dos arredores.

Ele carregava um cantil em uma das mãos enquanto a Crossbow ainda permanecia pendurada pela alça em seu ombro, como uma mochila.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora