(Vol. VIII) Ano VI p.e. ⎥ Saídas.

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OS MEUS BRAÇOS CRUZADOS escondiam as mãos apertadas em punhos

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OS MEUS BRAÇOS CRUZADOS escondiam as mãos apertadas em punhos. O nervosismo ainda tensionava os meus nervos, apesar de eu ter a certeza de que tudo estava indo bem até esse momento. Até essa manhã.

Meu corpo inquieto não se permitia ficar muito tempo imóvel. Os meus movimentos ansiosos me faziam apoiar o peso entre uma perna e outra quase que ritmicamente. Fazendo com que a mochila presa atrás das minhas costas causasse um barulhinho metálico por culpa da sua carga. Acentuando as mordidas no interior da minha bochecha enquanto o meu olhar sério observava os dois homens há alguns passos de distância.

Siddiq permanecia de pé ao lado de Daryl ao tempo em que o caçador continuava sentado sobre uma maca. Os olhos escuros e focados do médico faziam uma análise cuidadosa dos pontos costurados na base do pescoço do caçador ao mesmo tempo em que promovia uma limpeza mais cuidadosa antes do curativo.

O Dixon não parecia sofrer com a gaze entrando em contato com a sua sutura. Os seus lábios inquietos sendo castigados pelos dentes só me parecia uma rotina corriqueira enquanto os seus olhos calmos fitavam os seus sapatos longe do chão. Segurando uma das mangas da sua camisa junto com o colete de asas  e deixando que o seu ombro ficasse totalmente exposto aos olhos do doutor através da lapela aberta.

— Me parece um pouco rústico. — Siddiq deu a sua avaliação como se estivesse julgando um aluno.

— Rústico? — Indaguei com a voz rouca de repreensão e certa irritação comigo mesma. — Jeito educado de dizer que ficou uma merda. — Reprovei balançando a minha cabeça.

— Os pontos saíram muito largos e um pouco grosseiros, mas se continuar com os antibióticos... vão servir. — O médico garantiu ao colar um curativo quadrado rodeado por esparadrapos que o prenderam perfeitamente sobre a pele do seu paciente.

— Em minha defesa, digo que o Dixon praticamente me obrigou a costurá-lo como uma meia velha. — Rebati soltando um suspiro frustrado quando me permiti me aproximar dos dois naquela maca.

— Eu estava sangrando. — Daryl lembrou com a voz falhada pelo timbre baixo, mostrando que a ideia mais óbvia no momento seria conter aquele sangramento.

O assisti voltando a arrumar e vestir suas roupas por cima do curativo preso em seu pescoço.

— Deu pra notar. — Comentei com sarcasmo esboçando um sorriso ladino. — E eu nunca fiz pontos na vida! Nem sabemos se eles vão ficar aí por muito tempo. — Queixei um pouco mais exasperada, apoiando as mãos nos quadris e tomando o lugar de pé ao seu lado enquanto ele ainda permanecia sentado sobre aquela maca.

Siddiq começou a se livrar de todos os insumos médicos utilizados no atendimento do caçador entre nós e o médico acabou suspirando fundo antes de iniciar as suas palavras de novo.

— Heidi, você fez um bom trabalho. — O doutor achou melhor acalmar os meus ânimos chamando a minha atenção com um sorriso sincero e um aceno rápido com a cabeça. — Na verdade, foi um trabalho relativamente regular para alguém que nunca treinou sutura antes. — Explicou como um elogio mais bajulador, apesar de não conseguir me convencer quando franzi o cenho.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora