(Vol. VII) Ano IV p.e. ⎥ Emboscadas.

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AQUELE QUARTO TINHA AS SUAS paredes pintadas de cinza como concreto

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AQUELE QUARTO TINHA AS SUAS paredes pintadas de cinza como concreto. Cortinas de veludo preto adornavam as várias velhas janelas de vidro retangulares e compridas que deixavam toda a luz do dia entrar de forma muito iluminada.

O cômodo em si já era incrivelmente grande. O maior que eu já havia visto naquela fábrica até o momento. E metade dele era dividido como uma pequena sala de estar, com sofás de couro preto e poltronas quadradas de aparência moderna com suas estampas geométricas e estantes ornamentadas.

Na outra metade, havia uma enorme cama coberta por um edredom preto e almofadas da mesma cor. Tudo sendo adornado por detalhes decorativos bastante chamativos, mas tudo realmente sombrio e masculino. Totalmente ao contrário do último quarto aonde eu havia estado.

No centro do lugar, entre a sala de estar e a cama, havia uma pequena mesa retangular coberta por uma toalha também escura. Tendo duas cadeiras postas em lados opostos e duas taças de cristal acompanhando uma bela garrafa de vinho sobre ela, assim como um pequeno arranjo de rosas muito vermelhas. Objetos esses que denunciavam claramente que não faziam parte do cenário habitual e haviam sido colocados ali apenas para aquele momento.

Todo aquele conjunto estava me deixando incrivelmente mais nervosa do que eu gostaria.

— Vamos, não seja tímida! — Ele convidou gesticulando com uma das mãos e me chamando para mais perto com um sorriso torto. — Deixe a bandeja sobre a mesa, querida. — Apontou quando se levantou daquele sofá e se aproximou da cama me dando toda a sua atenção enquanto eu, ainda cheia de receio, depositava a bandeja sobre a mesma.

Os meus olhos estavam baixos, porém, afiados. Foi por isso que eu consegui notar que o bastão enrolado em arame farpado estava exatamente de pé ao seu lado naquele sofá, lhe fazendo companhia. E então me afastei um passo da mesa, me colocando de pé com as duas mãos apoiadas em frente ao corpo demonstrando recuo. Assistindo Negan puxar aquele lenço vermelho do seu pescoço demonstrando o seu sorriso convidativo e o jogou sobre a cama escura como uma mancha de sangue.

— Por que está vestida como um caipira do Bayou? — Pareceu uma reclamação, mas a forma como ele se virou de volta em minha direção não parecia irritada, ou brava. Apenas curiosa e cotidiana. Como se eu fosse mais um dos seus objetos interessantes naquela sala.

— Porque eu não sou uma de suas bonecas. — Respondi firme e baixo quando os meus olhos foram em direção aos seus. Assistindo aquele sorriso calmo se tornar malicioso e divertido em questão de segundos quando levantou as sobrancelhas e molhou os lábios lentamente.

Não queria se quer imaginar qual resposta ele havia contido em sua cabeça.

— Estou morrendo de fome. Você não? — Comentou como se mudasse de assunto abruptamente e então se sentou em uma das cadeiras perto daquela mesa e bandeja. — Vamos, sente-se. — Gesticulou para a outra ainda vazia à minha frente.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora