(Vol. VIII) Ano VI p.e. ⎥ Rastilho.

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ENID PUXOU LENTAMENTE O curativo preso abaixo do meu olho até a ponte do meu nariz

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ENID PUXOU LENTAMENTE O curativo preso abaixo do meu olho até a ponte do meu nariz. O movimento repuxado do esparadrapo beliscava a minha pele com uma dor irritante, mas a garota possuía uma gentileza cuidadosa e logo o meu rosto se viu longe daquilo.

— Vou só colocar alguns pontos de aproximação sobre o corte aberto e você estará liberada. — A garota avisou com um sorriso dedicado assim que se afastou em direção a mesinha do outro lado da barraca e eu esperei sentada sobre a minha cama.

O dia lá fora já havia amanhecido, o céu estava claro e eu podia ver algumas pessoas transitando pelo acampamento através das conversas e abertura da tenda da enfermaria perto do meu leito. 

Entretanto, ainda não tinha visto a principal pessoa que importava naquele momento. O caçador que havia prometido estar de volta durante a noite e até agora não havia aparecido.

— Você viu Daryl essa manhã? — Perguntei para a garota quando a mesma se aproximou segurando uma bandeja de inox e logo pude ver alguns pequenos curativos bem finos, como tirinhas de papel.

— Não. — Ela deixou a bandeja sobre a cama e ficou de pé à minha frente para começar o serviço de sutura limpa. — Ele esteve aqui durante a madrugada. Ficou durante algum tempo, mas não quis te acordar. — Contou ao colar alguns curativos sobre a camada dolorida do meu rosto.

Respirei fundo. 

Era óbvio que o caçador me deixaria descansar o quanto fosse preciso, afinal, ele queria que eu ficasse em repouso o máximo que pudesse para me recuperar. Porém, era extremamente irritante que o seu cuidado o permitisse me ver durante algum tempo, enquanto eu não.

— Pronto. — A garota avisou em um tom orgulhoso e deixou o seu corpo ereto com as mãos nos quadris, me fazendo notar ainda as nuances da sua pouca idade. — Se sentir muita dor, pode procurar pela medicação comigo. — Avisou com um sorriso.

— Obrigada, Enid. — Agradeci ficando de pé assim que a garota se afastou e eu acabei me aproximando de Aaron aparentemente ainda adormecido no leito ao lado. — Como ele está? — Questionei baixinho, ao examiná-lo de longe para não incomodá-lo.

— Está aguentando bem. — Ela me respondeu arrumando algumas coisas sobre uma mesa de madeira.

— Pode apostar que eu estou. — Aaron respondeu baixinho e ainda de olhos fechados enquanto os seus lábios mal se moviam. — E você? — Questionou abrindo lentamente os olhos claros até mim.

— Já passei por coisas piores, você sabe. — Apontei cruzando os meus braços e demonstrando um sorriso esperto em sua direção. — Sinto muito que isso tenha acontecido com você. — Externei com pesar.

— Santo Deus, foi você quem esmagou o meu braço? — Brincou usando o seu tom baixinho tão fraco, mas ainda tendo forças o suficiente para me lançar a piada irônica que acabou me fazendo rir.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora