(Vol. VII) Ano IV p.e. ⎥ Preso em frestas.

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AQUELE LUGAR ERA SOMBRIO COMO uma nuvem de chuva

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AQUELE LUGAR ERA SOMBRIO COMO uma nuvem de chuva.

Bem, eu podia ouvir o som de pessoas conversando, ruídos de seres humanos, músicas desconhecidas; tudo incrivelmente abafado pelas paredes grossas e meio cinza azuladas daqueles corredores sufocados. Porém, mesmo assim, soava mais como uma ferida exposta fervilhando com os vermes que se rastejavam sobre a carne e se alimentavam dela.

A mão magra e esguia de Dwight tocou o meu antebraço novamente, apenas para me direcionar à força em direção a uma porta realmente muito vermelha e completamente envernizada como se a sua restauração tivesse acontecido há pouco tempo.

Logo, eu fui empurrada para dentro de um pequeno cômodo de apenas seis metros quadrados, no máximo. Um local que servia claramente como um dormitório, ou um apartamento.

Armários sob medida escondiam a parede logo em frente à porta. Abaixo deles estava um balcão aonde continha uma pia simples e mais alguns utensílios de cozinha. Ao lado de tudo, e ainda sobre o balcão, havia um pequeno frigobar muito comum em motéis de beira de estrada. À minha esquerda estava um colchão coberto por um lençol cinza que se apoiava sobre paletes de madeira, improvisando uma cama enquanto uma poltrona ficava em frente a um aparelho de televisão realmente muito antigo à minha direita.

Era meio óbvio que aquele era um lugar já habitado. Roupas masculinas penduradas em uma arara com cabides, assim como todas as outras atrás da porta e sobre as poltronas me mostravam isso. E não foi muito difícil entender que se tratava do quarto de Dwight.

A porta vermelha foi fechada assim que o homem entrou bem atrás de mim e os meus olhos famintos por sobrevivência encararam todos os objetos que poderiam ser úteis por ali. Avistando o pequeno canivete de cabo de madeira que ficava sobre uma mesinha de bar perto da porta do banheiro; junto com algumas poucas peças de madeira que me pareciam estarem sendo entalhadas à mão.

Apertei a barra da frente da minha camiseta com as duas mãos e mordi o meu lábio demonstrando ingenuidade. Mas o meu cérebro estava discutindo como eu conseguiria aquele canivete sem que o desgraçado percebesse. Aquele era o meu ponto crucial. A minha meta. Precisava desesperadamente de algo cortante que pudesse ferir a quem precisasse. Decidiria, depois, o que faria com ele.

Cada coisa em seu lugar. Uma coisa de cada vez.

Dwight respirou profundamente quando deixou a balestra do Dixon sobre a sua cama e caminhou até o frigobar sobre o balcão quando me ignorou, exatamente como se eu não estivesse ali. E então pegou uma garrafa de água mineral de dentro do objeto, a abrindo e bebendo o líquido logo em seguida.

Engoli em seco quando desejei poder beber um pouco também, mas Dwight não podia ver os meus anseios, afinal, o homem ainda se mantinha longe e me ignorava.

Tudo o que ele fez foi apenas começar a abrir algumas portas daqueles armários e rapidamente começou a retirar alguns ingredientes para preparar a sua comida. Algo que eu percebi com o tempo se tratar de um sanduíche simples com salada e mostarda.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora