(Vol. VII) Ano IV p.e. ⎥ Conhecidos.

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MEUS OLHOS ANGUSTIADOS verificavam o cenário a minha volta a cada momento

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MEUS OLHOS ANGUSTIADOS verificavam o cenário a minha volta a cada momento. Todos em Hilltop pareciam ocupados com alguma atividade importante para as próximas decisões dos líderes, e eu tentava me manter focada em qualquer coisa que pudesse diminuir o nervosismo que engrossava o sangue em minhas veias.

O plano principal era preparar uma boa defesa para quando os Salvadores resolvessem atacar Hilltop. Coisa que todos nós sabíamos ser uma questão de tempo. Além disso, o objetivo principal de Maggie era transformar a mesma defesa em algo completamente perigoso, ou seja, também esconder a sua estratégia de ataque dentro das nossas barreiras. Como um presente surpresa dentro de um doce. Algo bastante difícil, mas completamente eficiente, se funcionasse. Afinal, Maggie não queria capturá-los. Ela queria matá-los.

Já era início da noite e o sol já se preparava para começar a se por quando Georgie foi embora carregando todos os discos de músicas que havia pedido em troca daquele livro e uma quantidade de comida. Não fazia ideia do motivo daqueles vinis serem tão importantes para ela, mas não podíamos reclamar; agora tínhamos um manual completo com todas as dicas necessárias para construirmos coisas, além de comida desidratada para alguns dias.

Acabei encontrando um lugar para ler o tal livro atrás de uma picape com a sua porta da caçamba aberta, próximo a mansão. Me sentando na lataria vaga e abrindo o livro improvisado sobre os meus joelhos. Precisava descansar e respirar um pouco, antes que a tontura voltasse a me perturbar de novo.

Observava de vez em quando a forma como algumas pessoas traziam materiais metalúrgicos e outros esquentavam ferro soltando faíscas nos galpões. Eles estavam fortificando as latarias dos automóveis em volta para fazer uma barricada segura e à prova de balas.

Foi exatamente dessa forma que acabei observando o homem esguio que se aproximava com passos lentos, observando tudo de forma perdida.

Siddiq olhava todo o local como se procurasse um meio de ajudar, mas não soubesse por onde começar. E eu desviei o meu olhar da minha leitura assim que percebi os olhos escuros me fitando de volta.

— Perdido? — Perguntei com um sorriso calmo assim que ele começou a se aproximar lentamente e um pouco mais receoso após me reconhecer.

— Me adaptando. — Respondeu ficando ao lado da caçamba daquela caminhonete e apoiou os seus dois antebraços de frente pra mim, me olhando de um jeito sério e ingênuo como um menino assustado.

— Bem diferente de um cano de esgoto, certo? — Brinquei ironicamente ao fechar o livro de Georgie sobre os meus joelhos e voltando a guardá-lo em minha mochila sobre a caçamba para lhe dar mais atenção.

— É... bem... arejado. — Tentou fazer uma piada quando olhou a sua volta, para as pessoas transitando ao nosso redor, dando de ombros enquanto eu soltava um riso contido.

— Olha, desculpa pelo tiro que Tara te deu quando nos vimos naquela estrada. — Pedi sacudindo a minha cabeça de forma positiva enquanto apertava os lábios. — Normalmente não somos assim. Temos todo o lance das três perguntas... "vocês têm um acampamento?". A questão é que já estávamos sobrecarregados demais com tantos "talvez". — Expliquei de um jeito arrependido.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora