(Vol. VII) Ano IV p.e. ⎥ Ser ou estar.

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LENTAMENTE, O SENTIDO DO TATO voltava ao meu corpo

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LENTAMENTE, O SENTIDO DO TATO voltava ao meu corpo. Tecidos leves e limpos se mantinham abaixo de mim, assim como rodeavam a minha pele de uma forma macia. E, aos poucos, pude voltar a sentir o ambiente confortável enquanto tentava forçar os meus olhos para que eles se abrissem.

A primeira coisa que vi foi uma intensa luz branca em um formato quadrado. Haviam pequenos quadradinhos menores que o compunham em um grande quadro, o que o meu cérebro associou à uma janela.

Era um conjunto bastante estranho, se levasse em conta que um movimento repetido de hélices em um pequeno objeto redondo despertava os meus sentidos de preservação, mas que eu notei se tratar de um pequeno ventilador logo em seguida.

Com o tempo, a minha visão começou a se acostumar e perceber que eu me encontrava em um quarto não muito espaçoso de uma enfermaria. Com objetos simples como a maca aonde eu parecia estar deitada, uma mesa de cabeceira ao lado aonde continha um lampião de energia solar com frascos de remédios, uma grande máquina estranha que me lembrava muito o aparelho de ultrassonografia em Hilltop e um pedestal metálico bem ao meu lado, aonde uma bolsa de soro mantinha o seu cateter preso na veia da minha mão.

Aos poucos, a sensação eufórica de alívio desceu por meus músculos como um sopro gelado. Me fazendo respirar fundo em agradecimento ao fechar os meus olhos tranquilamente. Afinal, pelo o que parecia, nós havíamos conseguido chegar em Hilltop em segurança de alguma forma e agora eu me encontrava na enfermaria.

As coisas começaram a parecer estranhas quando tentei mover o meu braço para retirar as mechas de cabelo do meu rosto e não consegui. O meu cenho se franziu rapidamente quando o som metálico do meu movimento me avisou que alguma coisa estava presa ao meu pulso. E não apenas isso, o mesmo objeto constatado como uma algema também estava seguramente presa à maca, denunciando o terrível desfecho.

Levantei levemente o meu dorso e encarei a maldita algema me prendendo nas grades superiores da cama hospitalar. Me obrigando a crispar os meus lábios e tentar, inutilmente, me soltar algumas vezes, sacudindo o meu pulso com força. Até que o desespero subisse por meu esôfago e me causasse uma ânsia.

Consegui ficar sentada quando percebi que tudo o que me mantinha presa era a forte algema. Além de ficar incrivelmente satisfeita por não haver qualquer resquício de dor através dos meus movimentos. E só então, quando mantive os meus pés pendurados naquela maca e me permiti observar melhor o ambiente à minha volta, foi que percebi as paredes intensamente cinza-azuladas de uma fábrica industrial.

Definitivamente, eu não estava em Hilltop.

As lembranças invadiram os meus pensamentos como diabinhos zombeteiros. Me fazendo lembrar do enfrentamento de Tara e Dwight, da dor horrível que eu senti e do loiro me puxando para fora daqueles arbustos de maneira rápida e suicida.

— Desgraçado! — Praguejei o homem quando toquei os meus pés no chão frio e comecei a analisar aquelas algemas com o intuito de me livrar delas o mais rápido possível. Sentindo o meu coração acelerando muito rápido quando percebi aonde eu havia me metido. — Não... não... não! — Cerrei o maxilar e repetia para mim mesma como se eu pudesse acordar de um pesadelo de novo.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora