(Vol. VII) Ano IV p.e. ⎥ A nossa promessa.

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A PEQUENA GRACIE AGORA DORMIA profundamente em meus braços, não se incomodando com todos os desvios que precisávamos fazer, ou com todos os buracos no asfalto desgastado daquelas estradas para Hilltop

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A PEQUENA GRACIE AGORA DORMIA profundamente em meus braços, não se incomodando com todos os desvios que precisávamos fazer, ou com todos os buracos no asfalto desgastado daquelas estradas para Hilltop. O seu corpo estava protegido contra o meu e o conforto duradouro aprofundou o seu cansaço dentro daquele carro reforçado rangendo em cada acelerada.

Às vezes eu tentava me lembrar como era ver o mundo através dos olhos de uma criança. Eu tentava me lembrar disso enquanto observava as paisagens modificadas e deterioradas pelo tempo através das janelas. Elas corriam rápido como se fôssemos alheios ao tempo. Como se pudéssemos controlá-lo e forçá-lo a prosseguir apressadamente. Mas, no fundo, assim como algumas coisas em nossa infância, aquilo era apenas uma ilusão.

Observava, às vezes, o rosto adormecido de Gracie. Isso só partia o meu coração ainda mais. Não apenas por imaginar todas as coisas que os seus pais haviam passado e que ela nunca saberia. Ou nunca se lembraria. Coisas que eles precisaram fazer para que ela estivesse segura. Viva até o presente momento. Mas também havia um leve incômodo em meus pensamentos que faziam as minhas têmporas doerem. Lembrar era sempre doloroso.

Eu deveria estar muito ofendida, de fato. Reencontrei o meu pai biológico no meio do caos simplesmente para que ele me assistisse ser humilhada diante dos seus seguidores. Apenas para tentar me fazer servi-los como um cão. E perceber que Simon não tinha forças em relação ao poder de Negan.

Esses pensamentos sempre me faziam ir e voltar entre entender toda a sua incapacidade de ir contra o líder cretino e seu bastão deturpado, ou simplesmente culpá-lo por ser um grande covarde.

Realmente, esse lance de pais e filhos parecia complicado demais para mim...

— Me avise se eu estiver entediando você. — Aaron comentou sarcasticamente, me fazendo retirar os olhos da paisagem até a sua imagem atrás do volante de novo.

Já estávamos naquele longo caminho há um bom tempo e o loiro preencheu todo aquele silêncio vazio com algumas explicações sobre tudo o que havia acontecido em minha "ausência". E quanto mais os seus lábios se moviam falando sobre um rei que possuía uma tigresa de estimação, uma comunidade elencada só por mulheres e dezenas de pessoas que moravam em um depósito de sucata, mais surreal parecia se tornar.

Definitivamente, os mortos se levantarem era apenas o começo de um mundo muito, muito insano.

— Não, não. Só estou tentando absorver todas as informações. — Expliquei a minha seriedade ao observá-lo com mais atenção.

Era muito evidente perceber o quanto ele estava decadente. E todo aquele luto pareceu se tornar ainda mais pesado assim que ele me contou sobre como haviam perdido Eric recentemente, naquele fogo cruzado. Fazendo o canto dos meus olhos encherem-se de lágrimas como um apoio sincero. Nós não éramos absurdamente próximos, mas fazíamos parte da mesma comunidade, éramos amigos.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora