(Vol. VII) Ano IV p.e. ⎥ Ninguém em casa.

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O SOM PECULIAR E BASTANTE característico da água escorrendo abaixo dos nossos pés denunciava os dutos de esgoto ainda funcionando em alguns pedaços daquele labirinto de canos

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O SOM PECULIAR E BASTANTE característico da água escorrendo abaixo dos nossos pés denunciava os dutos de esgoto ainda funcionando em alguns pedaços daquele labirinto de canos. Entretanto, aquilo não pareceu incomodar o ruído de mais um assovio melodioso que surgiu um pouco mais perto de nós. Assim como foi rapidamente respondido por Carl ainda se apoiando contra a parede atrás de si.

Parecia que eles estavam se comunicando, assim como parecia uma dinâmica bastante conhecida entre os dois. O que me fazia constatar que eles já faziam isso há algum tempo. E que, com certeza, a única voz ouvida no escuro não pertencia a massa de moradores de Alexandria se escondendo por ali.

— Crocodilos sabem assoviar? — Resmunguei receosa assim que notei uma iluminação mais alaranjada se aproximando pelas paredes dos dutos. Assim como uma grande sombra que se fez presente contra aquela luz.

A imagem de um homem franzino e muito magro surgiu diante dos meus olhos como uma assombração. Os cabelos escuros, a barba grossa, os olhos pretos e pele amadeirada podiam ser identificadas com a ajuda de um pequeno lampião que ele segurava em suas mãos para iluminar o seu caminho.

— Carl... — A voz baixa e levemente jovial parecia receosa e um pouco nervosa assim que notou a minha presença quando levantou a lamparina para iluminar o lugar. Encarando de mim para o garoto demonstrando medo. — ...O que está acontecendo lá em cima? — Ele se obrigou a encarar o rosto do outro enquanto engolia em seco demonstrando nervosismo.

— São os "Salvadores" que eu te falei. — Carl respondeu mostrando-se cansado. — Eles estão nos atacando. Destruíram praticamente tudo lá. — Contou de um jeito frustrado e acabou me deixando ter a certeza de que fazia muito tempo em que aquela situação se sustentava ali embaixo.

— Espera, cara, você vive nos esgotos? — Questionei apertando os meus olhos de forma muito confusa quando afastei um passo. — Como isso é possível? Você é tipo... aquele palhaço do filme? — Pendi a minha cabeça enquanto gesticulava exigindo alguma explicação do homem.

— Heidi, esse é o Siddiq. — O garoto nos apresentou quando pendeu a sua cabeça em direção ao homem.

— Nós nos vimos na estrada. — Siddiq acrescentou com os seus olhos expressivos de mim para Carl como a revelação da verdade. Mas eu franzi o meu cenho por não me lembrar disso.

— Mesmo? — Questionei surpresa e confusa ao tentar buscar em minha memória. Afinal, não me lembrava de ter visto um rosto novo nos últimos dias.

— Sim. Você estava com uma garota. Em um carro. Ela atirou em mim. — Ele assentiu algumas vezes mostrando o seu resumo um pouco constrangido.

— Tara! — Os meus olhos se arregalaram de surpresa assim que me aproximei um passo do homem e levantei o lampião que ele segurava para mais perto do seu rosto, iluminando a sua imagem para as minhas retinas. — Oh, meu Deus, é você mesmo! — Comentei percebendo o fato. — Você trouxe um forasteiro para Alexandria? — Questionei em tom de repreensão ao encarar o rosto do menino atrás de mim como se fosse uma bronca. — Ou melhor, por que você o escondeu nos esgotos? — Reformulei um pouco mais desconcertada.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora