(Vol. VIII) Ano VI p.e. ⎥ Pelo futuro.

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EU E EZEKIEL VOLTAMOS ATÉ o salão de entrada esperando encontrar o restante do nosso grupo, mas o espaço completamente vazio nos mostrou que eles ainda estavam vasculhando

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EU E EZEKIEL VOLTAMOS ATÉ o salão de entrada esperando encontrar o restante do nosso grupo, mas o espaço completamente vazio nos mostrou que eles ainda estavam vasculhando. Isso fez com que nós dois nos direcionássemos para o caminho mais próximo, para a ala de História Americana.

— Minha mãe odiava sujeira, então não pude ter animais de estimação. Tive um gato uma vez, quando saí da casa dos meus pais... — Continuei com a nossa conversa assim que atravessamos o enorme arco que nos levaria para o setor de história do museu. — ...Mas ele foi morto por um cara horrível e eu nunca mais quis outro bichinho comigo. Não quero me apegar a eles. — Expliquei quando chegamos no salão daquela ala.

— Não deveria pensar assim. — Ezekiel apontou franzindo as suas sobrancelhas enquanto um sorriso agradável surgia em seu rosto. — O amor que os animais nos proporciona é muito mais puro do que qualquer outro amor no mundo. Nenhum humano pode fornecer isso. — Disse ao continuarmos indo em direção às escadarias que davam para o segundo andar. — Além disso, existe uma lenda que diz que o espírito dos animais sempre guia os novos companheiros de seus donos. — Mencionou com um sorriso gentil.

— Acha que o "Senhor Mofinho" vai guiar um novo bichinho pra mim também? — Perguntei com um sorriso amigável assim que paramos entre as colunas de mármore que sustentavam toda a entrada do setor.

— Eu tenho certeza. — Garantiu virando levemente em minha direção e apontando o seu indicador em direção ao meu corpo como um decreto mágico. — Senhor Mofinho? — Quis saber quando o seu cenho franziu de diversão, me fazendo rir e rolar os olhos.

— Ele era branco e cheio de manchinhas pretas pelo corpo. Igual ao bolor de uma parede mofada. — Expliquei gesticulando um pouco e imitando a textura macia do seu pelo com o movimento dos meus dedos. Ezekiel acabou rindo ao começarmos a caminhar para as escadas de novo.

Nossos passos foram freados assim que percebemos algo bastante inusitado naquele lugar.

Se tratava de um enorme quadrado feito de vidro que substituía o chão efetivamente em frente ao lance de escadas, exatamente como um aquário seria.

Ao nos aproximarmos mais da beirada aonde o chão de vidro começava, podíamos ver um enorme mapa construído em tamanho gigantesco no andar abaixo do subsolo, assim como uma grande placa que dizia "Destino Manifesto" colocada estrategicamente para ser lida de cima. Além de dezenas de mordedores transitando abaixo do vidro como um cardume de piranhas.

Em dias normais, aquilo seria a coisa mais bonita e incrível que eu já tinha visto. Mas agora, não passava de uma potencial armadilha mortal para os desavisados. Já que era meio óbvio que, pela quantidade de pedras e mortos espalhados sobre o vidro, parte da estrutura estava rachando por culpa do constante impacto vindo de cima.

— Parece seguro. — Ezekiel apontou quando colocou a ponta do seu pé sobre o início do vidro e apertou o local como se isso fosse o suficiente.

Mas eu sentia vertigem só em observar a altura e os movimentos dos mortos lá embaixo.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora