(Vol. VIII) Ano VI p.e. ⎥ Trégua.

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A QUANTIDADE DE CONSTRUÇÕES menores ia aumentando gradativamente conforme os nossos passos se afastavam

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A QUANTIDADE DE CONSTRUÇÕES menores ia aumentando gradativamente conforme os nossos passos se afastavam. Daryl nos guiava pelas ruas mais seguras, em direção à prédios de um único andar, aonde cenários parcialmente destruídos pareciam abandonados e silenciosos. O que nos permitia ouvir melhor o ruído grotesco dos mortos se aproximando ainda de forma distante.

Uma construção feita de tijolos vermelhos não continha andares e parecia nos esperar há vários anos, conforme apontava toda a sua estrutura velha e abandonada. E foi exatamente até ela que nós caminhamos apressadamente, assim que pesados pingos de água nos obrigaram a atravessar a rua asfaltada e uma chuva densa começou a cair sobre nossas cabeças.

— Arh... Finalmente resolve chover, quando todo o milho no Santuário morreu. — Reclamei assim que paramos em frente à uma porta branca que ficava entre um grande portão de garagem e duas janelas retangulares cobertas por tábuas de madeira.

— É... — Daryl se posicionou em frente àquela porta e encaixou a ponta da sua faca de caça na fresta que ainda a mantinha trancada. Forçando a maçaneta e a fazendo se abrir com um estalo mais violento. — ...Parece uma piada de mau gosto. — Apontou quando abriu a porta e posicionou a faca melhor em sua mão antes de entrar.

O gesto silencioso e firme da sua mão me fez entender que ele queria checar a segurança do lugar antes de entrarmos. E eu acabei acatando ao seu pedido, esperando na calçada enquanto o via entrando lentamente através da penumbra além da porta, mesmo notando como ele parecia sentir mais o peso do lado esquerdo do seu corpo.

Vigiei os dois lados da rua na busca por ameaças. Os mortos pareciam se arrastar por aquele bairro vindo de alguma rua antes ou depois da nossa, mas os ruídos estavam começando a serem abafados pela chuva. Por isso, o meu corpo se tornou mais inquieto ao mesmo tempo em que eu escondia a cabeça de Devyn com uma de minhas mãos, tentando protegê-lo da chuva que começava ao ficar embaixo do batente daquela entrada.

O assovio conhecido do caçador acabou me fazendo entrar apressadamente. Levantei os meus passos, enfrentei a penumbra sombria e alcancei o local com os olhos atentos em todos os detalhes.

Não demorou muito para que Daryl fechasse aquela porta novamente, nos deixando à meia luz e empurrando com dificuldades uma enorme estante metálica que parecia pesada o suficiente para segurar a tranca da mesma.

Percebi a expressão de dor em seu rosto assim que ele foi obrigado a empurrar a estante com o ombro e então a forma como ele respirou profundamente algumas vezes, tentando disfarçar o que sentia quando finalizou e se afastou.

— Como ele está? — O caçador caminhou em direção a nós dois quando tentou checar o bebê em meus braços, tocando a sua nuca por cima da minha mão quando nós dois encaramos o rosto adormecido de Devyn contra o meu peito.

— Finalmente se rendeu, mas, ele está exausto. Tudo isso não foi bom pra ele. — Reclamei preocupada ao mesmo tempo em que virava os meus olhos na direção dos seus e nos percebia próximos o suficiente para notar o cansaço preso nos azuis opacos pela escuridão.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora