(Vol. VII) Ano IV p.e. ⎥ Lamentações.

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SENTIA O MEU CORPO EXAUSTO E CANSADO

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SENTIA O MEU CORPO EXAUSTO E CANSADO. Assim como os meus olhos pesados não queriam ficar abertos. Sabia que havia caído no sono por alguns minutos e apesar do meu senso comum me dizer que estava tudo bem descansar um pouquinho, eu sabia que a consciência estava errada. Eu precisava continuar agindo.

Me forcei a ficar novamente de pé com dificuldades, sentindo a vertigem me deixando tonta de novo e a minha vista escurecendo me fez segurar com força nas costas de uma cadeira. Parecia cada vez mais difícil me manter de pé, ainda mais usando apenas uma mão, já que o outro braço usava aquela tipoia.

Caminhei de maneira ainda trôpega em direção a porta de saída e fiquei ainda mais surpresa assim que notei que ela estava completamente trancada. Sacudindo o ferro algumas vezes e suspirando de maneira frustrada quando percebi que a construção era segura demais para ser frágil. Afinal, aquilo ainda era uma fábrica.

Levei os meus passos até os armários da cozinha naquele quarto e comecei a vasculhar cada uma das gavetas usando a única mão útil. Revirando alguns papéis e embalagens vazias de comida, mas não encontrando nenhuma faca, ou objeto pontiagudo se quer. Nem mesmo uma colher. Foi nesse ponto aonde comecei a desconfiar se aquele era mesmo o dormitório do meu pai.

O som da maçaneta destrancando e a porta se abrindo subitamente me tornou alerta como um ataque cardíaco. Me fazendo virar em direção a porta com um pulo de susto e tentando disfarçar rapidamente, me encostando contra o balcão da pia como quem está apenas curtindo o momento.

— O que está fazendo? — Simon entrou naquele cômodo mostrando uma feição desconfiada e segurando uma bandeja com uma refeição completa junto a duas garrafas contendo água e um suco.

— Hnm, nada. — Respondi rápido coçando a minha nuca com a mão livre enquanto ele colocava aquela bandeja sobre a mesa de madeira. — Estava só... você sabe... entediada. — Desconversei apertando os meus lábios e assenti lentamente gesticulando em direção ao quarto.

— Não acredito que estava procurando alguma coisa para sair daqui. — Acusou deixando a bandeja ali e voltando a fechar a porta atrás de suas costas. — Pensei que você tivesse me prometido. — Reclamou mal humorado, mas não parecia irritado. Na verdade, ele nem parecia surpreso.

— Por que você trancou a porta? — Questionei apontando para ela franzindo o meu cenho e me mostrando ofendida.

— Será que você ouviu as minhas últimas palavras? Você estava procurando por algo para arrombar a porta. Eu sabia que você tentaria sair. — Justificou ao retirar a alça de uma bolsa preta do seu ombro e então jogou a mesma bolsa de viagem sobre a cama perto da mesa. — Você não vai melhorar as coisas lá fora, acredite. Conheço você. E eu sei o quanto você é teimosa. Por isso eu a tranquei. — Levantou o seu queixo sem arrependimentos quando apoiou as mãos nos quadris.

— Eu estava apenas procurando algo afiado que pudesse me proteger. Não iria atrás de problemas. — Menti ao me afastar do balcão e voltando a espiar a comida fresca dentro do prato. Estava realmente morrendo de fome e o prato estava convidativo.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora