(Vol. VIII) Ano VI p.e. ⎥ Conduta.

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OS BRINQUEDOS ESPALHADOS POR todos os lados no tapete me obrigaram a ajoelhar e começar a reuni-los todos de volta em uma caixa gradeada de plástico enquanto a penumbra da noite era afugentada pelas poucas lâmpadas alaranjadas que estavam acesas

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OS BRINQUEDOS ESPALHADOS POR todos os lados no tapete me obrigaram a ajoelhar e começar a reuni-los todos de volta em uma caixa gradeada de plástico enquanto a penumbra da noite era afugentada pelas poucas lâmpadas alaranjadas que estavam acesas. Acabei guardando toda aquela bagunça de volta em seu devido lugar ao lado da cômoda enquanto respirava fundo com certo cansaço.

Era uma sensação muito estranha. Eu sentia como se tivesse tudo o que queria ter, mas como se ainda tivesse tanto para alcançar! Como se o fato de estarmos no Santuário fosse incrivelmente errado, apesar de querer estar aqui. E me revoltava o fato de alguém estar tentando destruir tudo o que construímos até agora. Todos os sacrifícios que fizemos. Isso me tornava frustrada e estressada.

A porta do alojamento foi aberta com cuidado como se Daryl soubesse que o bebê já estava dormindo. Ou, talvez, ele esperasse que eu estivesse. Já que o seu rosto sombrio e indiferente me percebeu com surpresa ainda perto da cômoda, recolhendo as pequenas pecinhas de roupas usadas e as jogando dentro de um cesto de roupas sujas com casualidade mórbida.

O caçador entrou no cômodo retirando a balestra das costas com uma agilidade de anos. Carregando a mesma pendurada através da sua alça e a levando com passos rápidos até a sua mesa de trabalho perto do balcão contra a parede aos fundos, a colocando em cima do móvel atrás das minhas costas.

Eu encarei os seus movimentos perto da mesa em silêncio, conversando com o meu diabinho e o anjinho em meu ombro para decidirmos quem nós seriamos essa noite. E por algum motivo – talvez por culpa da minha frustração e do modo como o Dixon estava agindo nas últimas semanas – o meu lado vermelho me implorou para reagir.

Caminhei tranquilamente até a nossa mesa de café com as duas cadeiras e tratei de pegar uma delas de um jeito bastante convicto para chamar a sua atenção. Abrindo um sorriso maldoso assim que o percebi se virando levemente em minha direção, franzindo o seu cenho de modo confuso, e usei as costas da cadeira para prender a maçaneta daquela porta como uma boa tranca.

— Vê...? — Apresentei a minha ideia ainda esboçando um sorriso sarcástico quando apontei para a cadeira e voltei a me aproximar daquela cômoda. — Agora você pode dormir de novo. — Propus a solução do seu discurso de modo distorcido e chateado enquanto voltava a abrir a primeira gaveta do móvel e começava a dobrar as pequenas roupinhas ali dentro.

Eu ainda estava de costas quando ouvi o seu suspiro longo e profundo escapando de suas narinas. Até mesmo conseguia ver a sua imagem atrás de minhas órbitas, deixando que os braços caíssem com os ombros, as pálpebras pendendo pesadamente como se soubesse que não teria chances sem lutar e mordendo a parte interna dos lábios como uma mania.

— Vai fazer isso mesmo? — Perguntou tentando me frear antes que começássemos. E foi impossível segurar o rápido riso irônico que não durou mais do que um segundo.

— Não. Eu não estou fazendo nada. — Apontei ainda dobrando aquelas roupas com mais agressividade e dando de ombros enquanto franzia os lábios. — Você está fazendo. Sozinho. Porque é isso o que você faz. Você sempre faz tudo sozinho. — Reclamei como uma acusação com a minha voz ofendida.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora