(Vol. VIII) Ano VI p.e. ⎥ Embate.

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ÀS VEZES A MINHA MENTE SE PERDIA nos pensamentos que insistiam em me consumir

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ÀS VEZES A MINHA MENTE SE PERDIA nos pensamentos que insistiam em me consumir. O cômodo acinzentado se tornava pequeno para tantas reflexões. O meu corpo começava a se incomodar com aquela cadeira de madeira aonde eu estava sentada com Devyn. E nem ao menos o bebê em meus braços era capaz de acalmar os nervos que pareciam zunir em minhas veias de forma rápida e quente.

Eu sabia que precisava me manter ocupada para distanciar tantas coisas ruins que atiçavam a minha ansiedade e foi exatamente esse pensamento o que me arrebatou de uma vez quando decidi me levantar daquela mesa em nosso quarto.

Contudo, o meu rompante decidido acabou sendo interrompido pelas batidas fortes contra a porta do quarto. Fazendo a madeira vibrar por completo por tanta força.

Torci as minhas sobrancelhas em dúvidas quando encarei a entrada ainda fechada. Levando Devyn seguramente até o seu berço e o deixando sentado ali, antes de voltar até a porta e abri-la colocando a minha mão sadia sobre o cabo da minha arma em meu quadril. Preparada para qualquer ameaça como Daryl havia pedido.

O meu rosto se tornou ainda mais confuso quando vi o homem parado diante da minha porta. Não era muito incomum que Justin viesse falar comigo, afinal, ele era um dos trabalhadores e estava sempre me reportando informações importantes sobre o andamento de tudo, mas ainda era estranho vê-lo diante do meu quarto pela primeira vez.

— Olá? — O meu cumprimento se encheu com todas as minhas dúvidas quando mantive a porta parcialmente fechada, ainda escondendo a arma presa em meus dedos sem retirá-la do coldre.

— Hey! — O homem de longos cabelos castanhos devolveu o cumprimento com um sorriso. — Será que a gente pode conversar, chefe? — Questionou um pouco apressado e apoiando suas mãos na guarnição da minha porta com um jeito simpático.

— Claro. — Respondi fria e indiferente quando não me movi mais do que a sobrancelha se arqueando.

Justin encarou o espaço do quarto por cima do meu ombro como se esperasse que eu o convidasse para entrar, mas era óbvio que eu não o fiz. E eu continuei encarando o seu rosto angular com cautela enquanto esperava que ele continuasse com seja lá o que havia o trazido até ali.

— Ahnmm... Bom... Nós estávamos conversando sobre isso no jantar ontem. — Ele iniciou unindo suas mãos na frente do corpo. — Sobre todos os pássaros destruindo o milho nos canteiros. — Apontou o seu polegar para atrás de suas costas. — E nós chegamos à conclusão de que seria melhor se nós colocássemos algum espantalho para afastá-los de lá. Você sabe, como nas fazendas antigamente. Um espantalho feio e assustador o suficiente para afugentá-los. — Apertou os seus punhos um no outro pendendo o rosto com um sorriso amigável.

A ideia surgiu clara em minha cabeça como uma proposta. Algo que poderia dar certo e me fez imaginar exatamente o boneco feito de sucatas que poderia se tornar o nosso "guarda" durante todo o tempo naqueles canteiros, assim como eu havia visto na fazenda de Hershel algumas vezes. Não era uma má ideia.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora